De R$ 50 a R$ 4.5 mil, casas especializadas defendem o vinho até no calor
Enquanto a cerveja é queridinha dos bares de esquina em Campo Grande, o vinho cresce modestamente em ambientes mais aconchegantes da cidade. Tem as casas mais tradicionais, do tipo colonial, que chegaram por aqui há décadas, com muitos produtos da região sul do País, mas também os pontos sofisticados, onde uma garrafa chega a R$ 4.5 mil.
Para os que desejam valorizar as produções nacionais, uma opção é a Vinho e Vida, na rua Alagoas. São dez rótulos originarios do sul do País. O lugar, conhecido pelos produtos da colônia, tem erva-mate, geleias, doces e compotas da região Sul também, mas o carro-chefe são as bebidas.
No mercado há cerca de 16 anos, os vinhos que mais saem são os suaves. Mesmo assim, para os que gostam de aproveitar a bebida, seja por saúde ou apreciação, todos são bem vindos. A faixa de preço é de R$ 50,00 em média.
Com mais de mil rótulos, o Grand Cru é bem mais caro. Tem orgulho de dizer que é um wine bar, ou seja, um espaço exclusivo para o consumo de vinhos, nem suco tem no local.
O proprietário Iraja Kogawa, 33 anos, abriu a franquia na Rua Euclides da Cunha em uma época que o consumo ainda era bem menor. Hoje, vê a procura crescer tanto no frio quanto no calor. "Quem gosta de vinhos consome nas duas estações", declara.
Na lista há vinhos da França, Itália, Argentina e Espanha, por exemplo. O diferencial é que o cliente pode consumir no local ou comprar a garrafa. O preço varia de R$ 40,00 a R$ 4.500,00.
O espaço tem a presença de sommeliers que aconselham a harmonizar o tipo de vinho corretamente com o prato escolhido. A compra é feita de toda a garrafa, sem a opção de taça. Um dos favoritos é o Fuerza, um vinho espanhol com 75% de monastrell ou 25% cabernet sauvignon. O preço é de R$ 83,00 a garrafa.
Já o mais caro é o de Ornellaia, um vinho italiano de R$ 4.500, engarrafado em 1 litro e meio.
Outra franquia na cidade é a Vinho e Ponto. Localizado na rua Chaadi Scaf, 742, no bairro Itanhangá Park, o espaço tem vinhos do novo e velho mundo. Mesmo no calor, a sommelier Mayara Pauletti diz que é possível encontrar várias opções para os momentos de lazer.
"O Pluma, vinho verde é um desses. Aconselhamos a baixar bem a temperatura e experimentar na beira da piscina, com frutas, aperitivos, queijos leves, como o minas ou brie", afirma. A garrafa custa R$ 56,00.
Entre os tradicionais, o destaque é para o Colossal, de Lisboa. A bebida é feita com as uvas Touriga Nacional, Syrah, Tinta Roriz e Alicante Bouschet. O preço é de R$ 81,00. Infelizmente, no espaço não é possível experimentar, mas os produtos ficam expostos para a pesquisa, além do acompanhamento da sommelier.