Na rotatória da Interlagos, não tem crise para quem aproveita o momento
“É o nosso showroom”, defende o campo-grandense César Corvalan, 62 anos, sentado pacientemente em sua cadeira de praia colorida. Na rotatória da avenida Interlagos, próximo ao bairro Rita Vieira, ele deixou um cavalete com uma mensagem “Tela Dengue” e o número de telefone. Quem se interessar pelo produto, pode ligar ou falar com ele, na sombra mais próxima.
A ideia de instalar telas de proteção contra mosquitos, principalmente o aedes aegypti, surgiu em novembro do ano passado quando o pânico com novos casos de dengue, chikungunya e zika aumentaram em Campo Grande.
O empreendimento tem um sócio, Itálo Dueck, 50 anos. São os dois que percorrem a cidade para colocar a proteção, feita de fibra de vidro.
“Resolvemos começar com a tela aproveitando essa nova onda de casos, foi em novembro. Falei para o Itálo para pegar esse nicho de mercado. Eu trabalho com comunicação visual há muitos anos e com o trabalho artesanal, faço móveis de madeira, tenho um showroom na Ernesto Geisel com meus móveis”, afirma.
César conta que vai aproveitar para divulgar o outro trabalho também no mesmo ponto, dessa vez substituindo a cadeira de praia.
“Vou trazer uma de cinema, que eu faço. É bom que já mostro o outro trabalho que eu tenho”, reforça, o empreendedor.
Ele diz que o cuidado artesanal com as telas vem da moldura que é colocada, acompanhando o material. “Cada caso é um, precisamos analisar e medir. Eu achei que teria mais procura, mas não tivemos tanto”, confessa.
Itálo completa dizendo que mesmo considerando baixo, os dois instalam cerca de duas telas por dia. “A maioria é para mulheres e grávidas. Aqui nessa região tem muitos mosquitos, rodamos em outros pontos”, indica.
Mesmo assim, César reforça que prefere ficar perto de casa. “Moramos aqui na região. Fizemos alguns anúncios na internet também”, conta.
O preço das telas varia de R$ 49,00 a R$ 79,00 o metro quadrado. “Mas, como eu disse cada caso é um, precisamos analisar. Essa tela é ótima, o mosquito não passa nem se quiser, nem se fechar as asas”, ri César. Informações sobre o serviço na rotatória ou no telefone (67) 9185-8450.