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Consumo

No País que mais se consome perfumes, você sabe como escolher o seu?

Paula Maciulevicius | 25/09/2013 06:59
Você sabe como escolher um perfume? E os mitos por trás deles? Afinal, tem produto que vai durar a noite toda?
Você sabe como escolher um perfume? E os mitos por trás deles? Afinal, tem produto que vai durar a noite toda?

À frente dos Estados Unidos, Alemanha e até do berço da perfumaria, França, o Brasil é o país onde os consumidores mais gastam em itens de perfumaria. Aqui, quem entende do assunto garante que os cheiros e frescores estão vinculados diretamente ao cuidado pessoal, a sensação de limpeza após o banho.

No histórico de perfumes, foi na década de 70 que a o ramo começou a caminhar para uma linha mais fina. Chegando a 2012, o mundo produziu 1,3 mil novos produtos só no ano passado.

Dentro dessa gama toda, no ranking dos mais vendidos, estão os clássicos, os que marcaram época e nem assim caem de moda. J’adore, criado em 1999 e Chanel n° 5, de 1921, são as grifes que batem o recorde de vendas até hoje. Fragrâncias de décadas que ainda mantém um público fiel.

Mas dentro de todo esse contexto, você sabe como escolher um perfume? E os mitos por trás deles? Afinal, tem produto que vai durar a noite toda?

O perfumier da Natura, Ari Dias, em visita a Campo Grande, explica as três fases que a gente nem percebe, mas que compõe o cheiro dos vidros.

“Existem as gotas de saída, corpo e fundo. A saída é aquela que fica na pele por volta de 30 minutos, de corpo até 4h e de fundo, são as últimas horas”, detalha.

Perfumier da Natura, Ari Dias, explica as três fases que a gente nem percebe, mas que compõe o cheiro que vem dos perfumes.
Perfumier da Natura, Ari Dias, explica as três fases que a gente nem percebe, mas que compõe o cheiro que vem dos perfumes.

Na prática, o certo seria esperar até 12h para escolher um perfume. Se o tempo não permite toda essa demora, para sentir os ciclos do aroma, meia hora já resolve o caso. “Em 30 minutos você consegue ter uma ideia se te agrada ou não”, reforça.

O mesmo perfume pode e vai mudar de cheiro de pessoa para pessoa. Isso porque a matéria-prima usada na fragrância vai modificando quimicamente e em contato com a nossa pele, também sofre interferência.

“O que você come, o ritmo de vida, tudo isso vai interferir. Uma pele oleosa, por exemplo, segura muito mais o perfume, porque ele não é estático, o cheiro está vivo”, explica Ari.

O lugar mais apropriado, tanto para provar quanto para uso diário são pontos que concentram a corrente sanguínea. Como pulso, região atrás da orelha, dobra dos braços e joelhos.

“Para as mulheres também vale passar entre os seios e nos homens, no tórax. É onde fixa mais, nos lugares mais quentes”, ensina o perfumier.

Entre o que usar no dia e na noite, existem sim variações. O perfume pode acompanhar uma mulher até a praia, desde que seja mais fresco, de frutas, por exemplo.

O tempo de duração do cheiro vai de acordo com a classificação, água de banho por exemplo, dura em média 4 ou 5h. “Quanto menor a concentração, menor o tempo”, diz Ari. Os splashes e desodorantes colônias seguem a mesma linha. Já os produtos de maior concentração de fragrância, como ‘eau de perfum’, pode passar até 12h fixa na pele.

Em casa, Ari ensina que o segredo para manter o cheiro também está no armazenamento. O perfume não tem validade, desde que acondicionado em um armário e de preferência dentro da caixa original.

Guardar no banheiro, por exemplo, expõe o produto a alterações de temperatura, iluminação e umidade, ou seja, é melhor evitar.

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