“A gente é artista, não é bandido”, diz dupla que foi depor após música

O ensaio fotográfico com críticas a Polícia Militar foi realizado para integrar a arte de divulgação do trabalho ‘Pátria Corrompida' da Máfia Green Disk. Apesar do intuito artístico, a situação terminou com um depoimento na delegacia. Nesta terça-feira (12), os primos Gabriel Braga Marques, de 22 anos, e Gustavo Ratier Marques, de 21 anos, prestaram esclarecimento após serem acusados de porte ilegal de arma.

Os artistas de Dourados, a 251 km de Campo Grande, compartilharam no Instagram o desfecho da situação. Nos stories, eles comentaram o caso e agradeceram o apoio recebido.

Segurando o depoimento impresso nas mãos, Gabriel fala que tudo ocorreu bem. “Viemos no terceiro batalhão da Polícia Militar. Esclarecemos tudo, foi bem de boa e se a gente não deve, não teme”, afirma. Em seguida, Gustavo completa a declaração do primo. "Passando só pra avisar que a gente é artista e não bandido. É isso família, tamo junto", diz.

Confira o vídeo na íntegra:

Ao Lado B, Gustavo explica o motivo pelo qual foram intimados. “Eles mandaram uma intimação na semana passada para prestar  esclarecimento sobre as imagens, se a arma é real e o colete usado”, fala. Segundo ele, o depoimento aconteceu de forma individual e eles optaram em não responder. “A gente manteve o direito de ficar em silêncio e não respondemos nada. O advogado que respondeu”, conta.

Conforme o jovem, o caso foi encaminhado para a Delegacia Civil. “Estão aguardando as respostas para abrir um inquérito", justifica. Apesar da situação, Gustavo garante que ele e o primo vão continuar trabalhando. "Se se incomodaram com o começo, vão se incomodar muito mais. Tem bastante coisa boa para lançar”, ressalta.

Entenda o caso - No mês passado, os músicos da Máfia Green Disk divulgaram em outdoors o lançamento do clipe Pátria Corrompida. Na época, apenas uma foto foi veiculada nos outdoors, porém as demais repercutiram nas redes sociais. Em uma delas, os primos seguram um colete com as palavras 'Polícia Militar Assassina'. Usando máscaras e o uniforme da seleção brasileira, os jovens estão com um facão e uma arma na mão.

Tendo o rap como vertente, o artista acredita que o mesmo não teria acontecido se representasse outro segmento musical. "É pelo preconceito que envolve”, resume Gustavo. Ainda assim, Gustavo declara que ele e o primo "lidam muito com a verdade" e que o apoio recebido foi essencial. "A união sempre faz a força", conclui.

Quem quiser conhecer o trabalho deles, o perfil no Instagram é @mafiagreendisk

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