Até quem não gravou em MS visitou Dourados para aprender sotaque
Atores contam sobre os personagens que irão encenar na nova novela das 21h
Entre críticas e elogios, a novela Pantanal levantou vários comentários sobre o sotaque presente em Mato Grosso do Sul. Agora, com a trama gravada em Mato Grosso do Sul, “Terra e Paixão”, os atores contaram sobre como foi a preparação para entender a forma de falar em Dourados.
Focando na importância do sotaque, o elenco explicou nesta quinta-feira (20), em coletiva de imprensa, que realmente estudaram para tentar regionalizar a história. De perder o “carioquês” até entender usar gírias, tudo entrou na preparação.
Uma das atrizes que não vieram a Mato Grosso do Sul para gravar, Renata Gaspar será Mara Ramalho e explica que foi a Dourados para pesquisar. “Eu, como paulista, acredito que fiquei mais próxima da forma de falar, tirando o ‘R’. A forma de falar não tem tanto cantado [...], mas não é só o sotaque também”.
Conforme Renata comenta, ter sobrevoado Dourados foi um detalhe importante para a construção de sua personagem. “O interessante de ter ido até Dourados é ter entendido a mentalidade rural. No avião, já vi tudo com plantação”, relata.
Sobre suas impressões, a atriz pontua que percebeu todo o município girando em torno do agronegócio. Bastante diferente de grandes metrópoles, a forma de conversar, os assuntos e modo de viver foram compreendidos de uma nova forma por ela.
Gaúcho, Ignacio Luz, que irá interpretar Fernando Galego, comenta que é do Rio Grande do Sul. Por isso, aproveitou algumas palavras, mas precisou deixar de lado seu próprio sotaque.
Em seu caso específico, o personagem será um cantor e Ignacio optou por se inspirar em alguns artistas da região. “Sou um cantor de bar e tenho que ter a voz falada, mas também cantada devido à tonalidade do sertanejo. Em geral, eles têm uma tonalidade meio parecida em todos os estados, mas estudei muito João Bosco e Vinícius, Luan Santana e Ana Castela”.
Interpretando Graça Junqueira, Agatha Moreira brinca que sua personagem é chamada de “princesinha do agro” e, para ela, também entender as ambições do Interior fizeram parte das preparações.
“Quando estive em Mato Grosso do Sul, pude experimentar um pouco desse universo para entender como as coisas funcionam, quais são os sonhos das pessoas, como as pessoas lidam com a vida. Vi sobre as estruturas familiares, estruturas comerciais”, detalha Agatha.
No grupo de cariocas, Letícia Laranja e Jonathan Azevedo comentam que deixar o sotaque do Rio de Janeiro é difícil, mas criar os personagens com a regionalidade sul-mato-grossense é algo que os encantou.
Para Letícia, focar no sotaque significa mais do que interpretar uma forma de falar. “Trabalhar esse sotaque foi algo desconhecido para mim e isso me coloca em outro lugar, em outra energia. É um ritmo interessante. [...] Desconstruir essa Letícia carioca, a menina que eu sou, para dar voz à mulher super forte que é a Flor”.
Jonathan explicou que é conhecido justamente pela forma de conseguir usar a forma de falar como parte de seus personagens. E, interpretando Odilon, não poderia ser diferente.
“Espero que vocês se sintam não só representados, mas que também vejam uma defesa desse Brasil com o colorismo que temos”, completa.
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