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Diversão

Campo-grandense mostra em festa que adora nudez, algema e chicote

Com looks ousados, galera não teve medo de mostrar o corpo

Jéssica Fernandes | 02/10/2021 08:00
Com nudez liberada, amigas entraram no clima do rolê. (Foto: Leticia Ferreira)
Com nudez liberada, amigas entraram no clima do rolê. (Foto: Leticia Ferreira)

A galera não teve medo de se soltar e aproveitar a 7º edição da festa “HotTunda edição BDSM", que aconteceu na madrugada deste sábado (02). Com direito a chicote, algema e outros acessórios sadomasoquistas, os participantes mostraram que Campo Grande encara na boa um rolê com nudez liberada.

O Lado B acompanhou a festa que rolou no Bairro Amambaí e comprovou que alguns realmente estavam como vieram ao mundo no local. Criatividade, beleza e sensualidade foram os três principais componentes que descrevem o “look" da galera. Outros não abandonaram as calças, e, no máximo, só tiraram a blusa na multidão para aproveitar a noite.

Antes do evento começar, a fila de convidados na calçada da balada prometia esse "equilíbrio" entre o pessoal seminu e vestido. Quem passasse na rua, por volta das 23h, não desconfiaria que uma festa com nudez permitida estava prestes a começar.

Casal escolheu look especial para a primeira festa juntos no HotTunda.  (Foto: Leticia Ferreira)
Casal escolheu look especial para a primeira festa juntos no HotTunda.  (Foto: Leticia Ferreira)

Mesmo a festa abraçando e dando visibilidade para a comunidade LGBTQIA+, os héteros estavam em peso no rolê, que tinha previsão de acabar às 6h após uma série de apresentações especiais.

A presença desse público surpreendeu o fotógrafo João Rafael, de 24 anos. “Essa é a minha primeira vez aqui, vim pra ver, curtir, saber como é. Assim, tô vendo que tá um rolê muito hétero, mas acho que o pessoal vai se soltar mais depois das 1h”, diz.

E teve casal que não precisou esperar até às 1h para se soltar e mostrar que aderiu a proposta da festa. É o caso da Sara Martins, 20 anos, e João Felipe, 20 anos, que combinaram o traje temático. Fã do fetiche BDSM, Sara participou de outras edições da festa e trouxe o companheiro para conhecer.

Animada, ela garantiu que o evento é uma oportunidade para as pessoas vivenciarem o universo do fetiche. “Quase nunca tem rolê assim e é legal, porque a galera realmente não conhece. É uma oportunidade para poder desconstruir e descobrir como é”, afirmou.

Ao Lado B, Estefânia Martins, uma das organizadoras da festa, contou que a proposta do evento é quebrar com o preconceito que existe em Campo Grande e valorizar a diversidade dos corpos. “Nós temos uma cultura de que o prazer pode ser algo errado. É difícil falar para uma pessoa mudar e desconstruir, mas se você tem curiosidade, vem experimentar, porque aqui ninguém vai estar te julgando”, garante.

Convidados experimentaram arte japonesa do shibari. (Foto: Leticia Ferreira)
Convidados experimentaram arte japonesa do shibari. (Foto: Leticia Ferreira)

A brecha de poder se soltar sem julgamentos é uma das vantagens que Leonardo Subtil, 27 anos, garante que o HotTunda tem. “Aqui, as pessoas tem criatividade para mostrarem o seu eu verdadeiro. Elas se libertam e isso é ótimo para quem consegue”, fala.

Com funk da atualidade e das antigas como “Bonde do Tigrão”, além das conhecidas músicas pops de cantoras consagradas como Britney Spears e Rihanna, os DJs não deixaram a galera ficar parada um minuto. Para melhorar o cenário, os organizadores trouxeram pela primeira vez uma barra pole dance.

O objeto de metal ficou posicionado no meio da pista e foi um dos queridinhos do público. Muitos inovaram nos passinhos de dança, se aventuraram e deram aquela sensualizada na barra, que não ficava abandonada por mais de 5 minutos.

Júlia participou de outras edições da festa e todo ano monta figurino especial. (Foto: Leticia Ferreira)
Júlia participou de outras edições da festa e todo ano monta figurino especial. (Foto: Leticia Ferreira)

Os mais corajosos se penduraram até o topo do negócio, ficaram de cabeça para baixo subindo e descendo. Nesses momentos, os presentes iam à loucura e não faltavam palmas e gritos de apoio para a pessoa que estava curtindo o pole dance. As performances também atraíram a atenção do público, que ficou hipnotizado do começo ao fim.

Além das performances, o evento deu oportunidade para que os curiosos experimentassem o shibari. Akira Aheart, 23 anos,  conheceu a técnica japonesa de amarração com cordas há seis anos. “Eu desenvolvo essa arte erótica com uma vertente onde as pessoas vão sentir prazer com seu corpo, é algo muito sensual”, enfatiza.

Na 7º edição, a festa HotTunda contou com a presença de pessoas de todas as idades e estilos. Com roupa ou sem, o pessoal conseguiu aproveitar o rolê e se aproximar um pouco mais do lado fetichista da vida.

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