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Diversão

Carnaval na balada tem fila de gente disposta à festa sem hora para acabar

Preço e bebida na faixa são os grandes atrativos para o público, que também leva em conta a música do evento

Thaís Pimenta | 13/02/2018 06:47
Rota Acústica foi palco pro Carnaval mais autêntico de todos: que toca música eletrônica low e high. (Foto: Paulo Francis)
Rota Acústica foi palco pro Carnaval mais autêntico de todos: que toca música eletrônica low e high. (Foto: Paulo Francis)

Na rua, o Carnaval está marcado para acabar meia-noite, mas para muita gente a madrugada ainda vai longe quando se fala da festa. Ontem, por exemplo, três baladas abriram com o tema do momento, e duas delas bombaram a noite toda! A equipe do Lado B foi atrás dessa galera pra entender que horas o rolê termina.

No Rota Acústica, eram quase 3 horas e uma fila gigante anunciava que o "Carnaval Eletrônico de Graça" ainda ia longe. Já na Non Stop Club, a galera chegou mais cedo, lá pelas 23h pra curtir o "Bloco Xô Preconceito", que acontece dentro de uma boate justamente por segurança do público LGBT. A casa abre suas portas com open bar a R$ 15, outro chamariz de gente.

De acordo com o organizador do evento e do bloquinho, Júnior Lopes Cunha, de 23 anos, o público que vai atrás desse tipo de festa está justamente em busca de um lugar seguro para continuar a folia. "A gente sabe que o Carnaval de rua dá um horário e acaba, porque começa cedo. Então depois desse momento, já não é muito legal ficar por ali, até por respeito né. Então, a estrutura que uma casa dessas tem, aliada a segurança, atrai o público, isso sem contar, claro, as atrações".

Para Júnior, trazer um pouco do que se sente lá fora para dentro da boate é a chave do sucesso. "Lá eles pulam, se divertem, se sente livres e convivem com a diversidade, aqui dentro também é assim. É um after mesmo. A gente solta pop e funk no começo da festa e o Carnaval, com axé Bahia e marchinhas a partir das 2h", completa.

Para a atendente Evelin Raquel de Oliveira, a festa compensa. "Paguei um valor em conta pra beber a vontade, dançar o que eu gosto de curtir e, isso tudo, faço segura, ao lado dos amigos, então não preciso de mais nada".

Carnaval dentro da boate contava com público considerável de gente. (Foto: Paulo Francis)
Carnaval dentro da boate contava com público considerável de gente. (Foto: Paulo Francis)

Para o acadêmico de Letras, Mateus Luz, de 18 anos, o Carnaval não tem lugar pra acontecer. "Precisamos disso, desses espaços. A diversidade que a festa propõe e traz cabe em qualquer espaço, em qualquer música", comenta.

Pelo jeito, é isso mesmo que o campo-grandense pensa. Já vimos Carnaval do reggae, do rock e surpreendentemente achamos o Carnaval do eletrônico ontem. A procura para entrar no rolê no Rota era considerável. Na fila pelo menos cem pessoas aguardavam para entrar na festa gratuita. 

O preço, inclusive, é outra coisa que conta muito, pelo menos para Izabele Tamazato, 22, e Guilherme Proenza, 21. Eles aguardavam na imensa fila porque, claro, a entrada tinha custo zero. Cerca de 1.500 pessoas decidiram que valeria a pena curtir o carna de graça. "Se fosse como nas baladas normais que quanto mais tarde você chega mais caro fico seria complicado. A gente ontem tava atrás do bloco e hoje como tive que trabalhar, saí de lá e vim pra cá curtir a música", diz Izabele.

Jeniffer do Nascimento, de 23 anos, e seus amigos do grupo BPN Só Família saíram do bloco Capivara Blasé e foram pro Rota às 2h30. Para eles, o rolê não terminou tão cedo. "O Carnaval é uma festa reconhecida no nosso país então é claro que os organizadores de eventos aproveitam do clima para fazer eventos grandes como esse. Muitas vezes, o nosso after nem tem nada a ver com o Carnaval em si, só o nome do evento que se encaixa no perfil", afirma.

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Fila contava com, pelo menos, cem pessoas. Tudo isso pra entrar de graça na festa. (Foto: Paulo Francis)
Fila contava com, pelo menos, cem pessoas. Tudo isso pra entrar de graça na festa. (Foto: Paulo Francis)
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