Celebração ao Dia dos Povos Indígenas terá desfile, baile e arte
Festa será na aldeia Marçal de Souza, com entrada gratuita, a partir das 18h30
A aldeia urbana Marçal de Souza realiza no sábado (20), uma festa com direito a comidas típicas, danças tradicionais, desfile de moda e baile dançante. A aldeia está localizada no Bairro Tiradentes, em Campo Grande. A festa será realizada na Rua Terena, com entrada gratuita, a partir das 18h30.
A festa já virou tradição, e é realizada todos os anos em comemoração ao Dia dos Povos Indígenas, celebrado no dia 19 de abril. Este ano, o grande destaque é a para o desfile de moda com peças autorais assinadas pelo estilista Bryant Terena.
Na parte da culinária, serão servidos os pratos poréu (sopa de mandioca feita com polvilho doce), o hi-hi (tipo de pamonha de mandioca enrolada na folha de bananeira, servida junto com carnes de caça ou mel de abelhas nativas), e lapapé (bijú rústico). Os terenas também irão apresentar as danças kohixoti kipaé e Siputrena.
A festa encerra com o baile dançante, embalado por artistas indígenas da aldeia Limão Verde, do município de Aquidauana. O grupo Tapera será a atração principal da noite, além de artistas da própria aldeia Marçal de Souza.
Desfile - Dez modelos indígenas vão desfilar os modelos criados por Bryant Terena, que além de artista, é liderança indígena jovem da aldeia. A coleção é totalmente sustentável, com peças em upcycling (roupas criadas a partir de peças já existentes), sementes naturais do solo campo-grandense e folhagens.
Bryant explica que o processo de criação partiu de estudos da moda clássica, atual e contemporânea, inserindo suas próprias vivências do artesanato e da cultura Terena. A coleção foi confeccionada em parceria com o coletivo de jovens da aldeia Marçal e anciãs, que trabalham na confecção de roupas para os dias festivos da comunidade, com quem ele declara ter aprendido a costurar e desenvolver as peças.
Segundo o jovem, o intuito é despertar a consciência coletiva em torno da moda autoral, com produções que transmitem e traduzem as raízes indígenas, com referências que atraiam, também, os admiradores da moda sustentável.
“Além de levar a ancestralidade a nossa criação, é apresentar ao mundo que nós podemos ser mais consciente com o nosso meio ambiente, estamos vivendo a crise climática, dessa forma a coleção vem pra mostrar que o que seria jogado fora pode se tornar uma peça coringa no seu guarda roupa com a cara da verdadeira brasilidade que é indígena”, diz Bryant.
Siga o Lado B no WhatsApp, um canal para quebrar a rotina do jornalismo de MS! Clique aqui para acessar o canal do Lado B e siga nossas redes sociais.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.