"Malvadão 93" e carros das antigas voltam à ativa após ano na garagem
Evento de sábado reuniu mais de 30 carros antigos de volta à exposição
Nem a chuva conseguiu segurar os possantes na tarde deste sábado (28), no Bosque dos Ipês. O Encontro Interclubes das Relíquias, uma exposição de carros antigos, chamou atenção do público, após 2 anos sem atividades externas no shopping.
"É o nosso primeiro evento externo depois da pandemia, tomando todas as precauções de biossegurança. Queremos fazer vários encontros como esse, vamos ter muitas novidades para o público ainda”, garante Diogo Salgado, 41 anos, gerente de marketing do Bosque dos Ipês.
Adriano Ramos, 38 anos, um dos organizadores do evento, lembra que as pessoas já estavam com vontade de tirar o carro da garagem.
“Temos vários clubes aqui, de Opala, Fusca, Kombi... A gente está tentando retomar os encontros e essa é mais uma oportunidade. Estamos muito felizes, mesmo embaixo de chuva”, afirma.
Entre os carros expostos, estava o Chevrolet ano de 1993, mais conhecido como Malvadão, de Lucas de Andrade, 26 anos.
“É um carro que está há dois anos comigo, é do dia a dia da minha família, que eu adquiri numa fase um pouco complicada da minha vida, estava passando um aperto e ele nunca me deixou na mão. Sempre me atendeu e tá na família e pra ficar, refiz boa parte do carro, tapeçaria, rodas, suspensão, a ideia do nome Malvadão é um plano pra deixar o motor mais turbinado, deixar ele mais nervoso”, explica Lucas.
Luís Paulo Domingos, 32 anos, tem um Fusca 1977, remodelado, e revela que já passou poucas e boas com o fusquinha turbinado.
“Eu iria trocar, e me envolvi num acidente e acabei com toda a frente dele, acabei restaurando ele por conta de amizades, com nenhum real no bolso eu consegui gastar mais de 30 mil nele, os amigos foram ajudando, foi um dando a mão para o outro e ficou pronto em 9 meses. Hoje, eu viajo com ele pra todos os lugares”.
Paulo Alba, 41 anos, natural de Santa Catarina, também levou um "achado" para a mostra: uma picape Willys Overlad 1966.
“Esse carro ia ser jogado no lixo, um amigo meu achou ele, depois de 10 anos embaixo de uma árvore. Ele trouxe pra cidade, em Guarapuava, onde eu morava, e nós ficamos 4 anos arrumando ele. Grande parte é original, pintamos ele verde militar, ficou do jeito que queria”, afirma.
Louco por carros, ele comemora a volta à ativa nos eventos. “É importante mostrar pra turma mais jovem que cada carro tem uma história, tem um carinho, tem muito sentimento envolvido pra arrumar um carro desse, é uma alegria diferente”.