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Diversão

De folga das marchinhas, público lota Esplanada com axé no Capivara Blasé

Cerca de 35 mil pessoas lotaram a Esplanada Ferroviária nesta segunda-feira de Carnaval

Thailla Torres | 05/03/2019 07:59
Segundo a Guarda Civil Municipal, 35 mil pessoas passaram pela Esplanda nesta segunda-feira. (Foto: Henrique Kawaminami)
Segundo a Guarda Civil Municipal, 35 mil pessoas passaram pela Esplanda nesta segunda-feira. (Foto: Henrique Kawaminami)

O campo-grandense tem mostrado disposição nos últimos anos com o Carnaval. Por isso, nem segunda-feira impede o público de sair de casa e lotar a Esplanada Ferroviária. No quarto dia de folia, cerca de 35 mil pessoas estiveram no local ao som de muito samba e axé.

A festa começou pontualmente às 14h, com a matinê, e seguiu até às 22h05. Mas quando o sol se foi, o que ficou foi alegria e milhares de pessoas chegando após as 18h para curtir o penúltimo dia de festa.

O Capivara também é dia de estreia para alguns foliões, como Beatriz Figueiredo, ao lado do marido Eduardo Lima, de 38 anos, que nunca foi ao Carnaval de rua. “Nunca tive vontade, achava que era perigoso e fui deixando de lado, só participava de clube. Hoje, casada e com filhos, resolvemos conhecer juntos”, conta Beatriz.

O casal Wesley e Rafael foi pela terceira vez curtir a folia.
O casal Wesley e Rafael foi pela terceira vez curtir a folia.

A família não se arrependeu e foi em peso para Esplanada nas primeiras horas da tarde. Para fugir da aglomeração, a turma foi se afastando para perto das residências, mas quis aproveitar até os últimos minutos. “Vou confessar que gostei mais do que o carnaval em clubes, principalmente, pela organização”, completa Eduardo.

Aliás esse foi um ponto discutido por boa parte dos foliões na noite de segunda-feira. Desde o último sábado, os ajustes para o Carnaval na Esplanada têm agradado alguns foliões, que apesar da muvuca, sentiram-se seguros durante as seis horas de festa permitida no local. “Não achamos que o campo-grandense pudesse sair de casa em plena segunda-feira como hoje, mas acho que a organização ajudou, até agora não vi uma briga”, diz a professora Zilda Moura, de 50 anos.

No palco muito samba e axé dos anos 90 que fez o público cantar e dançar à vontade. O que também pegou de surpresa a funcionária pública Zuleide Alves, de 48 anos, que esperava escutar as marchinhas. “Mas ainda assim estou adorando, tem muitos jovens também e isso é bacana, acho que está todo mundo gostando”.

Bibiana estava em evidência principalmente pela atitude.
Bibiana estava em evidência principalmente pela atitude.
Até os menonitas participaram da festa.
Até os menonitas participaram da festa.

A noite também foi marcado pelas fantasias e o protagonismo feminino nas ruas. Fora dos palcos elas estavam em evidência segurando plaquinhas dando recado sobre a liberdade. Também donas do próprio corpo, muitas resolveram ir de biquíni ou nada na parte de cima para provar que mulher pode usar o que quiser sem ser desrespeitada. “Eu fui muito elogiada pelas meninas, recebi alguns assédios também, mas como estou com uma galera grande ninguém me tocou, ignorei as palavras e segui o baile”, diz a produtora cultural Bibiana Vargas, que no lugar no biquíni usou muito brilho.

O casal Wesley Santos, de 36 anos, e Rafael Duarte, de 46, também curtiram a folia fantasiados de freira. Mas, dessa vez, para enfrentar o calor os dois resolveram encurtar a roupa. “Estava muito quente, então só cortamos e decidimos repetir”, conta Wesley. Esse é o terceiro ano do casal no Capivara que tem se sentido acolhido no Carnaval da cidade. “Estamos encontrando mais respeito por parte da população com a festa, eles estão entendendo que isso é a nossa cultura, eu fico feliz com isso”, acrescente Rafael.

Zilda ao lado das amigas. (Foto: Henrique Kawaminami)
Zilda ao lado das amigas. (Foto: Henrique Kawaminami)
Família foi pela primeira vez no Carnaval de rua. (Foto: Henrique Kawaminami)
Família foi pela primeira vez no Carnaval de rua. (Foto: Henrique Kawaminami)

No meio da multidão, quem se destacou foram os menonitas, descendentes de alemães e holandeses, com seu visual conhecido que muita gente achou que era fantasia. “Achei até que eles estavam fantasiados”, brinca o folião Rafael Ribeiro, de 18 anos, que até tentou contato com os três homens parados na rua, mas que não falavam o português.

O investimento também estava visível na estrutura, com vários bares pelo local e um número maior de ambulantes autorizados a comercializar bebida, comida e até acessórios dentro da Esplanada. Do lado de fora, também tinha venda de hambúrguer, espetinho, coxinha, churros e cachorro-quente. As comidas variam de R$ 5,00 a R$ 10,00.

O bloco dá continuidade a diversão no próximo sábado (9) com o Enterro dos Ossos.

Confira algumas fotos do penúltimo dia de Carnaval.

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