Em homenagem aos pets que tem, Paulo criou CD ‘Bom pra cachorro’
De rock ao reggae, álbum traz 12 faixas inspiradas em cachorros da família do biológo
“Tem um cão na fronteira, um bulldoguinho francês em Ponta Porã [...] Se esconde no chalé ou atrás do abajur, ele insiste em sumir”. Esses e outros versos formam a canção ‘Ozzy, o Buldogue Francês (Galicismos)’, escrita pelo biólogo Paulo Robson de Souza, de 62 anos.
Professor de Biologia na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e músico, ele compôs o álbum ‘Bom pra cachorro’ inspirado em histórias reais dos animais de estimação que estão e um dia estiveram na família.
Disponível em todas as plataformas digitais, o trabalho é composto por 12 faixas autorais cantadas pelo Paulinho e outros compositores, como Joice Terra, Áttila Gomes, João Grefe, Bekó Santanegra, Beth Arndt, Yag e mestre Galvão (in memoriam).
Veja o vídeo:
Ao Lado B, o compositor fala sobre as músicas e os animais de estimação que o inspiraram a produzir o álbum. Natural da Bahia, Paulinho cresceu em uma roça na região sudoeste do estado onde teve contato com vários bichos. Essa proximidade, segundo ele, foi importante para definir o caminho profissional que iria trilhar.
“Lembro até hoje da vaca holandesa Gatinha, dos cavalos Príncipe e Princesa, do jumento Roxinho, todos habitantes da pequena fazenda que tínhamos na Piabanha. Acho que por isso minha primeira profissão sonhada foi Veterinária. Acabei cursando Ciências Biológicas, o que ampliou minha visão para os animais não domésticos”, diz.
Já o contato com a música ocorreu por volta dos 16, 17 anos quando compôs as primeiras letras, sendo algumas em parceria com o amigo Eduardo Boaventura. Na época, Paulo não deu continuidade à carreira artística, que ressurgiu novamente apenas em 2006 quando já dava aulas na universidade pública.
Em 2006, Paulo escreveu o livro educativo ‘Animais Mais Mais’ que posteriormente ganhou melodias virando um álbum cantado por amigos. Esse material antecedeu o álbum ‘Bom pra cachorro’, que começou a ser produzido em 2017.
‘Lilica’ e ‘Mel’ foram as primeiras canções desse projeto que ganhou força em 2022. “A maioria escrevi em 2022 quando me propus o desafio de compor uma música por semana (e consegui). Ano passado compus mais duas ou três, sendo a última, "Pretinha", musicada pelo Béko Santanegra”, conta.
Além desses nomes, outros ganharam destaque no trabalho musical. O álbum é composto pelas seguintes faixas: ‘Ozzy, o Buldogue Francês’, ‘Ted, o grande caçador’, ‘Eu, Morpheu’, ‘Peregrino (o cachorro caramelo)’, ‘Tita’, ‘Belchior, Meu Cão’, ‘Pula, pula Pretinha’, ‘Ps: Nala’ e ‘O que seria de nós sem ele’.
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Dando mais detalhes sobre as composições, Paulinho fala que o CD passeia por vários gêneros musicais e que as letras trazem singularidades sobre cada animal, como porte físico e temperamento. “Bom pra cachorro’ revisita diversos gêneros musicais como o reggae (“Tita”), Dixieland (a divertida “Ted o grande caçador”), Tex-Mex (“Belchior, meu cão”), o Bolero (“Bolero da Bethânia: a filhotinha do Morpheu”) e o Pop (“Peregrino, o cachorro caramelo”), explica.
No caso de ‘Ozzy, o Buldogue Francês’, o professor optou por uma valsa musette cheia de palavras de origem francesa, enquanto a Nala que é uma buldogue inglesa ganhou um rock inglês. A última faixa do álbum, segundo ele, é uma homenagem a todos os animais.
“O que seria de nós sem ele’, interpretada pela cantora paulista Twyla Correia, participante do The Voice Brasil, é dedicada a todos os cães do mundo, inclusive outros que conviveram com nossa família, mas que não consegui homenageá-los a tempo”, destaca.
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