Escritório e emprego fixo deixavam vazio e casal resolveu viajar o mundo
Priscila e Hugo hoje mostram para seguidores como organização foi crucial para serem felizes como nômades
Priscila Somera de Medeiros, de 34 anos, e Hugo Fanaia de Medeiros Somera, de 36 anos, optaram por uma reviravolta na vida. Deixando para trás a rotina manjada de escritório, o casal decidiu transformar o mundo em seu ambiente de trabalho e embarcar em uma jornada como nômades digitais, explorando culturas, lugares e experiências enquanto trabalham remotamente.
"Antes do início da nossa nova vida, a gente viajava sempre, viajar sempre foi uma prioridade", compartilha Priscila, descrevendo a paixão de longa data do casal por explorar o mundo. "A gente tinha uma rotina bem tradicional, eu batia o ponto, Hugo tinha um escritório físico e ia lá todos os dias. Mas a gente sentia um vazio existencial completo, eu principalmente estava extremamente insatisfeita."
A decisão de se tornarem nômades digitais foi amadurecida durante a pandemia, quando as vacinas começaram a ser distribuídas. "Foi um choque perceber que a vida era muito curta para a gente estar insatisfeito", reflete Hugo. "Aí a gente tomou essa decisão de que iria fazer isso, mas antes a gente foi testar essa vida nova pra ver se funcionava de fato para a gente."
O casal digitalizou seus trabalhos e embarcou em uma viagem pelo Brasil de carro, passando por lugares como Florianópolis e o interior do Paraná. Esse teste foi crucial para confirmar que a vida nômade era viável para eles. "A gente conseguiu verificar, perceber que funcionava pra gente o trabalho", diz Priscila. Hoje, eles conhecem mais de 43 países.
A preparação para essa vida inclui não apenas aspectos financeiros, mas também uma mudança de mentalidade. "Passou a ser viagem nosso estilo de vida. Então o dinheiro é para financiar a viagem e outras coisas obviamente", explica Priscila. O casal economizou dinheiro e alugou seu apartamento para garantir essa transição.
Um dos desafios mais significativos do nomadismo é estar longe da família e amigos. "É como se a gente fosse imigrantes, né, ao mesmo tempo", reflete Priscila. "Mas por outro lado, claro que a gente tem essa liberdade, de estar em lugares muito legais."
Além disso, gerenciar o trabalho remotamente exige disciplina e organização. "Você tem que ter disciplina para trabalhar em qualquer ambiente, tem que ter disciplina para gerenciar seu dinheiro", observa Hugo. "Na verdade, isso é para todo empreendedor que usa da internet para empreender, né? Mas é especialmente para nômades."
Apesar dos desafios, o casal destaca os benefícios emocionais e profissionais dessa escolha de vida. "Virar nômade é uma receita infalível para você desenvolver compaixão pelo ser humano e compreender melhor a experiência humana", afirma Priscila. "A gente aprende a ter compaixão de si mesmo e dos outros seres humanos, é um aprendizado que a gente teve nessa vivência de nômades."
Para aqueles que desejam seguir esse estilo de vida, Priscila e Hugo oferecem algumas dicas valiosas: planejar financeiramente, buscar oportunidades de trabalho remoto, e entender que o essencial é suficiente para viver. "Você não precisa de tantas coisas para viver, você precisa ter o essencial para poder exercitar sua profissão", conclui Hugo.
Assim, Priscila e Hugo continuam sua jornada explorando o mundo enquanto transformam cada experiência em aprendizado e crescimento, provando que a liberdade geográfica pode levar a uma vida rica em experiências e conexões humanas. E tudo isso eles compartilham no Instagram @mundoaovivo
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