Francisco El Hombre faz show eletrizante marcado por calor da rua
Pela 1º vez na Capital, grupo entregou performance contagiante que tornou público uma só voz
Francisco El Hombre demorou 10 anos para chegar em Campo Grande, mas a espera dos fãs não foi em vão. No show de estreia, o grupo movimentou a Esplanada Ferroviária entregando uma performance eletrizante e contagiante.
A banda foi a atração principal da 17º edição da feira ‘O Balaio’ realizada no domingo (11) na Esplanada Ferroviária. A feira cultural, que nasceu em Dourados, reuniu pela segunda vez na Capital o trabalho de mais de 150 expositores, além de realizar a façanha de trazer o quinteto que recentemente realizou turnê na Europa.
Um dos organizadores do ‘O Balaio’, Raique Moura, comenta que o grupo musical representa a identidade e a proposta da feira. Ele também destaca que a atração sempre foi uma das mais esperadas no evento.
“A gente sempre curtiu muito eles, a gente acha que a vibe tem muito a cara da feira, uma coletividade muito grande, um ocupar a rua e se colocar na rua como uma forma política enquanto artistas. A gente se identificou muito com eles sempre e eles foram as primeiras bandas que falamos: ‘Um dia a gente vai chamar eles para cantar no O Balaio. É um sonho realizado”, afirma.
Francisco El Hombre trouxe a bagagem musical marcada por sucessos interpretados na mistura do português e espanhol, como ‘Triste, Louca ou Má’, ‘Calor da Rua’, ‘Como una Flor’, 'Chão Teto Parede'.
O palco montado na Rua Dr. Temistócles foi ocupado pelos integrantes às 21h30 minutos após a chuva começar na região central de Campo Grande. O tempo não espantou o público e, como disse Sebastián Piracés-Ugarte, a chuva não iria assustar a banda que levou 10 anos para chegar à cidade.
O show começou com ‘Tá com Dólar, Tá com Deus’ e Francisco El Hombre mostrou logo nos primeiros minutos que a apresentação seria agitada do começo ao fim. A animação do grupo contagiou a Esplanada Ferroviária, sendo um dos destaques Mateo Piracés-Uga que a todo momento chamava o público para cantar, bater palmas e fazer coreografias que não deixavam ninguém ficar parado.
O show do Francisco El Hombre exige fôlego, mas é impossível não sentir a adrenalina despertada por canções que percorrem temas diversos como amor, resistência e empoderamento.
Após o 'duelo' de guitarras entre Mateo Piracés-Uga e Andrei Martinez um dos momentos mais emocionantes do show foi proporcionado pela voz potente e sensível da vocalista Juliana Strassacapa. Depois de convidar mulheres e pessoas da comunidade LGBTQIA+ para irem à frente do palco, ela cantou uma das músicas mais famosas do grupo: ‘Triste, Louca ou Má’.
A calmaria da letra logo foi substituída por um ritmo mais agitado. Ao som de ‘Chama Adrenalina’, o público voltou a pular e interagir entre si no vai e vem de dançar em cada espaço aberto.
O show foi marcado pela catarse coletiva que subia sempre um nível a mais toda vez que o quinteto tocava de forma mais acelerada. A performance de Francisco El Hombre é cativante, realmente te faz sentir o calor da rua e sair com outra energia.
Depois de mais de uma hora do show, o grupo se despediu com a expectativa de não precisar esperar mais dez anos para voltar.
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