Mostra traz arte e reflexões sobre a vida pós-pandemia de covid-19
Nesta segunda-feira (27), o Museu da Imagem e do Som abrirá suas portas para receber o projeto ReflorAr, uma mostra que combina vídeo, arte e inspiração.
Idealizado pela artista Tetê Irie, o projeto é um desenvolvimento das reflexões da artista, acerca da pós-pandemia Covid-19 que acarretou diversas sequelas físicas e psiquiátricas - impulsionando, inclusive, uma “pandemia silenciosa”: a dos distúrbios psicológicos e emocionais.
“Além da questão da pandemia, a gente quer trazer a pausa em questão. Num mundo onde a ansiedade está tomando conta, pausar é necessário, e mais, se permitir pausar faz parte desta busca”, argumenta a artista Tetê Irie.
A artista aborda uma atmosfera envolvente por meio de elementos visuais, sonoros e olfativos. A peça central da mostra é um vídeo onde flores e folhas animadas dançam em sincronia, formando mandalas, símbolos de plena harmonia. Essa composição visual visa sensibilizar o público e proporcionar momentos de contemplação e serenidade.
A trilha sonora regional de Campo Grande desempenha um papel fundamental na experiência sensorial. Criada pelo músico Otávio Neto, ela combina ritmos locais e sonoridades zen, o que faz uma conexão com a essência da natureza, comum na cultura de Mato Grosso do Sul.
“Ao meu ver, esse afastamento humano do meio-ambiente natural é uma das causas dessa epidemia de ansiedade. A reconexão com coisas simples, como pisar na terra, sentir o cheiro da mata são indicados no tratamento de pânico e ansiedade, inclusive. No Japão é comum o "banho de floresta": simplesmente passar 15 minutos na mata - o que, comprovadamente, diminui as taxas de cortisol (hormônio do stress), reduz os batimentos cardíacos, etc. Isso por conta do som, cheiro, e experiência vivenciada”, reflete TT Iriê.
Além disso, a exposição contará com um elemento extra: a aromatização do ambiente. A artista Tetê Irie utiliza extratos botânicos naturais cuidadosamente selecionados como lavanda, eucaliptoglóbulos e laranja, conhecidos por suas propriedades comprovadas no combate à ansiedade e depressão.
“Esses aromas são especialmente significativos em um contexto pós-pandêmico, onde o olfato, sentido muitas vezes afetado pelas sequelas do coronavírus, é estimulado e revitalizado. Essa abordagem olfativa cria uma conexão profunda com o público, além de fomentar a inspiração e a reconexão com o ar, que tanto nos fez falta durante esses dois anos de quarentena”, reflete a artista.
O espaço expositivo é concebido como um refúgio acolhedor, seguro e sereno. Em contraposição ao medo e as incertezas que tem marcado nossas vidas, a exposição ReflorAr busca proporcionar um ambiente lúdico, onde os visitantes se sintam protegidos e envoltos em uma atmosfera uterina.
Este projeto é uma realização do Fundo Municipal de Investimentos Culturais - FMIC, da Sectur - Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Campo Grande, Mato Grosso do Sul e apoio da Prefeitura Municipal de Campo Grande.
O projeto ReflorAR estará em exibição no MIS - Museu da Imagem e do Som de Campo Grande, a partir do dia 27 de novembro e encerrará no dia 17 de dezembro.
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