Análise de Labyrinth of Refrain: Coven of Dusk revela chance de muitas aventuras
Dentro da categoria Dungeon Crawler que engloba grandes hits como Diablo temos uma subdivisão bastante popular no Japão, onde os labirintos são representados como antigos jogos de tabuleiro e cenário e personagens são feitos no estilo anime. É exatamente o caso de Labyrinth of Refrain, sua mais nova oportunidade de rastejar em masmorras procurando tesouros e inimigos e vivendo grandes aventuras com um toque nada sutil da cultura nipônica.
O game não é novidade no Japão, mas chega ao mercado americano no dia 18 de Setembro para PC, Vita, Playstation 4 e Nintendo Switch.
Quando foi lançado no oriente, Labyrinth of Refrain tinha como sua casa o PS Vita, que apesar do fracasso comercial em todo o mundo, cativou os jogadores do gênero principalmente no mercado japonês. Por causa disso, os gráficos das Dungeons (ou labirintos) acabam comprometidos na tela grande, com alguma distorção e com cores pouco definidas, o que não vai ser problema nenhum para quem tem um PS Vita empoeirado na gaveta ou curte jogar o Nintendo Switch longe da TV.
Em compensação, a desenvolvedora Nippon Ichi fez um bom trabalho com os controles, que são normalmente confusos e pouco precisos nos jogos do estilo, mas que aqui se comportam muito bem sem maiores sustos para novatos e sendo uma agradável surpresa para jogadores veteranos.
Não é a primeira experiência de regionalizar um jogo para o ocidente por parte da NIS America, que ficou responsável pela tradução do texto para o inglês (não está disponível para o Português) e a dublagem no mesmo idioma. Essa merece muitos elogios, normalmente os estúdios americanos são muito criticados por apresentar um serviço quase amador, mas o game foi bem adaptado e traduzido com muita qualidade.
Outro ponto forte do título é a trilha sonora, composta por Tenpei Sato, um velho conhecido por gamers e otakus, já que divide seus trabalhos em jogos e animações japonesas, o que casa com perfeição ao estilo e visual proposto pelo jogo. O cara já compôs para obras como as séries Disgaea e Gunslinger Girl, por exemplo.
Labyrinth of Refrain tem também algumas diferenças com o gênero, sendo que a principal é a formação da party que vai andar com os protagonistas, invocando cada um deles a partir de almas recolhidas e escolhendo algumas características para adaptar ao desafio e ao seu estilo de jogo. Para isso o cenário empresta muita coisa da cultura eslava: a protagonista Dronya é uma bruxa também conhecida como Baba Yaga, uma famosa personagem da mitologia eslava e presente também na cultura popular russa, tcheca e polonesa.
Com todas essas referências, Labyrinth of Refrain é recomendado para amantes dos jogos de exploração em masmorras, e fãs de animes que tenham alguma habilidade com a língua do Tio Sam.
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