Pandemia em The Division: Quando os games se conectam à realidade
Tom Clancy foi um famoso autor de livros sobre conspirações internacionais que surfou na onda da guerra fria, suas obras foram adaptadas para o cinema e televisão se tornando grandes sucessos, não tardando despertar interesse na rica indústria dos games.
Mesmo após o seu falecimento, a Ubisoft herdou suas histórias e plots para criar seus jogos na linha “Tom Clancy’s” com ótimos títulos como Rainbow Six, Ghost Recon e Splinter Cell, que permitem o jogador vivenciar missões de guerra e espionagem com ótimas narrativas.
Em 2016 a empresa apostou alto e lançou sua mais nova franquia baseada nas obras do escritor americano. The Division chegava no mercado com a promessa de ser um jogo enorme com possibilidades de se jogar solo ou em grupo, com desafios contra a máquina e também contra outros jogadores.
O que chama atenção nesse momento do novo Coronavírus Covid-19 é o roteiro do game, que desenvolve a narrativa de uma Nova Iorque tomada por uma pandemia que derruba o governo local. Os jogadores, então, se colocam na pele de agentes da Divisão, pessoas normais que foram treinadas em segredo pelo governo para casos de perigo social, e que são chamadas para retomar o controle, conter o caos e proteger a população.
Em The Division não há um surto de corona, mas sim um ataque terrorista que usa uma variação do vírus da Varíola para contaminar dólares em plena black friday americana. O dinheiro contaminado circulou pelo comércio estourando os casos da doença nas semanas que antecedem o Natal. Frio, neve, pouca comida, recursos escassos e uma população apavorada dão o clima apocalíptico do game que não parece tão irreal assim hoje em dia.
Em termos de jogabilidade, ele não inova em nada no gênero. Os personagens se movem pelo mapa buscando a proteção de coberturas para manter o tiroteio contra gangues inimigas insurgentes. Os upgrades melhoram armas e definem a estratégia, permitindo os jogadores operarem sozinhos ou em grupo apoiando nas melhores habilidades de cada pessoa da party.
A sequência do título foi lançada ano passado e muda o cenário para a capital americana Washington, ainda partindo da premissa de recuperação pós-pandemia, ainda que saia o inverno nova-iorquino e entre a primavera americana.
O game custa por volta dos R$ 100 reais nas plataformas digitais da Sony e Microsoft, mas suas cópias físicas podem ser compradas por metade desse valor no varejo do Brasil.
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