Brechó com jeito de boutique surpreende com produções de grife no Carandá Bosque
Não tem cheiro de roupa velha e não é de pessoas que já morreram. Os novos brechós agora têm cara de boutique, roupas de grife, mas os preços ainda continuam sendo o maior atrativo.
Na rua Vitório Zeolla, 88, no bairro Carandá Bosque, Bruna Fernandes abriu a “Brecharia”. Peças com spikes, a cruz em acessórios e outras modinhas, como os óculos retro, em estilo “gatinho”, por R$50,00, dão ao espaço cara de boutique da Euclides da Cunha. A primeira vez no brechó surpreende os clientes.
Uma produção completa, com peças da Zara, Enjoy e New Order sai por R$ 285,00.
Mesmo com a ideia já de que a loja teria um cheiro ruim por conta das peças usadas, a primeira vez em um brechó fez a pedagoga Katia Regina Rodrigues acabar com o preconceito. “Não imaginei que um brechó pudesse ser tão sofisticado”.
O preço acessível fez a pedagoga gastar R$180,00. “Vou voltar cheia de sacolas, se fosse em lojas que frequento, isso sairia por mais de R$600,00”.
A web designer Clara Lamego, de 36 anos, é o contrário, sempre foi adepta a compras em brechó. “Não vejo problema em comprar roupa usada, compensa financeiramente”. Clara conta que é consumista e por isso vive em busca de promoções e brechós, sempre em busca de peças diferentes, “Procuro roupas retro, interessantes”.
Segundo Carolina Fernandes, de 21 anos, uma das colaboradoras do brechó, a clientela chega e assusta. “Me perguntaram se eram todas da mesma fábrica, e quando digo que são usadas não acreditaram”.
Brechária - Desde 2011, as irmãs Bruna e Carolina Fernandes, decidiram apostar no brechó. A família foi a primeira a se render e para ajudar, parentes doaram roupas.
A varanda de casa foi a primeira sede do brechó, que agora quem sede própria, na rua Vitório Zeolla. A "Brechária" funciona das 9 às 19 horas, de segunda a sexta-feira. E das 9 ás 14, aos sábados.