Agora greve vai irritar campo-grandense: acabou com rodízio completo de sushi
Várias casas cortaram sashimi do rodízio e uma delas até reajustou preço
Alguns restaurantes de Campo Grande também sentem os impactos da greve dos caminhoneiros e um dos programas preferidos na cidade começa a ser prejudicado. No 5º dia, a paralisação compromete o estoque de peixes como salmão e já tem rodízios cortando o sashimi do rodízio e aumentando o preço.
Na Rua 7 de Setembro, o "Sushi Campo Grande" fechou as portas na hora do almoço nesta sexta-feira para economizar o estoque. "A nossa mercadoria está presa na estrada desde segunda-feira", justificou a atendente Laudinéia Moraes.
Com a baixa na despensa, o lugar também decidiu cortar o sashimi do rodízio. "No jantar só vamos servir o festival de sushi que não inclui sashimi", explica.
Na Barão do Rio Branco, o Sushi Mania que abre no almoço e jantar, está trabalhando apenas com o rodízio simples, que não inclui sashimi. "Rodamos a cidade hoje e não encontramos o salmão. Estamos apenas com o estoque", diz a funcionária Flávia Santos.
Outra medida foi reajustar o preço a partir deste fim de semana, embora o estabelecimento afirme que já havia decidido pelo aumento antes mesmo da paralisação. De R$ 34,90 na hora do almoço, o valor foi para R$ 39,90 nas sextas, sábados e domingos. No jantar, o valor subiu de R$ 39,90 para R$ 44,90 também no fim de semana.
O Joe Sushi, da Rua Euclides da Cunha, cortou o temaki e o sashimi das opções ao cliente e a partir desta sexta-feira não oferece mais o rodízio completo. "O peixe não chega e o que temos vamos guardar para suprir o rodízio simples", comenta o proprietário Eder Matozo de Oliveira.
Também na Euclides da Cunha, até quem não serve rodízio teve o cardápio prejudicado. No Kobayashi falta atum para compor alguns pratos.
No Retrô Sushi, na Via Parque, o que acabou foi o salmão, um dos principais ingredientes do menu de temakis. Agora, só resta a opção com camarão.
"Há tempos já estava aumentado muito o preço e reformulamos todo o cardápio. Hoje, só 20% do nosso menu é de sushis. Mesmo assim, sofremos o impacto", diz o chef Cleber Cowboy. Nos últimos dias, ficou ainda mais complicado reabastecer a geladeira, garante ele. O preço do quilo do camarão saltou de R$ 62,00 para R$ 84,00 e na segunda-feira o filé de salmão, normalmente vendido por R$ 59,00, valia R$ 78 o quilo, diz o chef.
No restaurante Wasabi, no Bairro Monte Líbano, o estoque deve durar até o início da próxima semana. "Mas só temos produtos ainda porque o movimento despencou nos últimos dias. Tá todo mundo parado na fila do posto, tentando abastecer, e não vem mais no sushi", reclama o gerente Marcelo Hokama.