Bar comemora 10 anos com cardápio que reproduz tradicionais receitas de Sampa
A partir de hoje, o cardápio em um dos bares mais tradicionais de Campo Grande será em homenagem a São Paulo, cidade que inspirou a criação do lugar em 2005. O incremento no menu do Mercearia é uma das surpresas para comemorar os 10 anos de portas abertas na Rua 15 de Novembro.
A data do aniversário é 15 de dezembro, quando a festa será com clientes antigos e algumas surpresas, avisa o proprietário João Marcelo Cunha. “Não vou dizer o que é, mas temos uma surpresa grande para anunciar”, afirma.
O menu inspirado em São Paulo fica em cartaz até o fim do mês, com 6 pratos e valores entre R$ 15,00 e R$ 40,00. As homenagens são a alguns pontos que João conheceu ao lado do pai, paradas obrigatórias no roteiro gastronômico de lá. “Nasci em São Paulo e quando era criança meu pai me levava para comer no Mercadão, no restaurante Moraes...”, conta.
As receitas são respeitadas à risca, garante João Marcelo. Uma delas é o Bauru do Ponto Chic (R$ 20,00), a original, criada por um cliente da Lanchonete Ponto Chic, que era nascido na cidade de Bauru. Tem rosbife, queijos prato, estepe e gouda, derretidos e fundidos em manteiga, tomate e pepino em conserva, tudo no pão francês.
Ainda entraram no cardápio o Sanduíche de Pernil da Lanchonete Estadão (R$ 15,00); o Pastel de Bacalhau do Mercadão (R$ 15,00); o Filé do Moraes, com alho com agrião ou brócolis (R$ 40,00); o Virado à Paulista (R$ 35,00), tradicionalmente servido no centro da cidade e conhecido pela mistura de feijão carioquinha e farinha de milho.
A única sobremesa especial é a Banana Split (R$ 18,00), “que virou febre nas Leiterias (antigas sorveterias) de São Paulo”, explica o material de divulgação do Mercearia.
E dezembro começa com outra novidade. Além do cardápio, a logomarca também mudou, para colocar o endereço como um dos clássicos da cidade, onde no fim de semana passam cerca de 2 mil pessoas.
João lembra que quando começou, ficou 6 meses “empatando dinheiro”, mas o apego ao ponto comercial com jeito de lugar histórico fez com que ele e a esposa resistissem bravamente. “Eu tinha também o Péssimos na Afonso Pena, e com o dinheiro de lá eu pagava os custos daqui. Depois, comprei o imóvel aqui do lado e trouxe toda a estrutura de lá para cá”.
O pulo do gato ocorreu já no primeiro ano do bar, com a venda de cervejas especiais. Primeiro eram 10 marcas e uma confraria que movimentava a venda. Hoje são mais de 200 rótulos e alguns clientes já produzindo as próprias cervejas. “Modéstia a parte, muitos aprenderam a gostar da cerveja artesanal aqui. A Moagem, por exemplo, agora é parceira nossa e foi criada por um cliente. A Casa do Chef, o Mestre Cervejeiro, todas são lojas de caras que começaram a tomar cerveja especiais aqui”, diz João.