Com ingredientes nada comuns, almoço "panc" é experiência simples e natural
O almoço pode ter flores comestíveis e até caule de mamoeiro no cardápio ''PANC'', sigla que resume plantas alimentícias nada convencionais à mesa. Sabe quela plantinha que você tem no quintal? Algumas podem servir de alimento e muita gente nem imagina.
No último sábado, para fazer diferente, o Recanto das Ervas preparou um almoço especial com direito a duas entradas, prato principal e sobremesa, sempre usando ingredientes bem alternativos.
"Foi uma escolha para ampliar o conhecimento das pessoas sobre o que é comestível dentro das opções orgânica e natural. Hoje em dia a alimentação está muito limitada, as pessoas comem sempre as mesmas coisas", explica a proprietária Márcia Chiad.
A experiência, além de saborosa, leva a um estado de consciência sobre alimentos que são essenciais ao ser humano. "O problema da alimentação do mundo é grave, se a gente nao cuidar, não iremos ter alguns alimentos daqui alguns anos. Por isso chamamos a PANC de plantas generosas, que surgem na natureza sem a necessidade de cultivar", reforça.
O cardápio foi preparada pelo chef Almir de Oliveira, especialista em alimentação funcional, que para levar novas texturas à mesa, serviu um almoço completo por R$ 60,00 com as plantas do cerrado.
Para começar, duas entradas, uma com Ceviche de Flores Comestíveis composta com flor do girassol, capuchiunha e amor perfeito no leite de tigre de limão galego. Outra foi um tartar de abacate com crosta de trigo sarraceno.
De prato principal, a surpresa é com o risoto de caule de mamoeiro, ora-pro-nobis uma, que é uma planta com estrutura em forma de arbusto, geralmente usada como cerca viva, hoje é um alimento de cultivo fácil e valor nutricional alto. O prato é finalizado com crispy de parmesão.
Também foi servido filé de pintado com farofa de bocaiúva e purê de castanha de baru. De sobremesa, um sorbet de abacaxi, cúrcuma e cocada de forno. Também um sorbet de hibisco e bolo cremoso de aipim.
Na hora do preparo, o passo a passo é semelhante. "Primeiro é necessário conhecer os ingredientes e saber tudo que é viável como alimento. Depois o cozimento é praticamente o mesmo, O caule de mamoeiro, por exemplo, foi cozido e depois inserido no risoto. Já o ora-pro-nobis como tem uma certa suculência, pode ser usado natural".
Quem tiver interesse, o próximo almoço será divulgado na página do Facebook do restaurante.