De carne a goiabada, família aposta em esfirra no "estilo paulista"

Tudo bem deixar aquela emoção que é viver em São Paulo e uma rotina que não dorme para viver em Campo Grande em busca de calmaria, mas é quase impossível largar uma cidade natal e o sabor e o aroma de pratos que acompanham a família desde a infância. Foi exatamente isso que aconteceu com Renê, Cristina e Thayse. Eles são pai, mãe e filha paulistas que resolveram investir numa cafeteria charmosa por aqui e apostam sem medo no sabor de lá para surpreender a freguesia.

Ao entrar no espaço que leva o nome de Duo Café, na Rua Miguel Damha, as paredes revelam o sentido do nome e comprovam que um cafezinho tirado na hora junto com um pedaço de esfirra fresquinha pode deixar o dia mais gostoso. E do mesmo jeitinho definem os donos, empresários que deixaram tudo em São Paulo em busca de uma vida menos tumultuada.

“Nosso filho veio primeiro, mas ele se mudou para Ponta Porã, depois de um tempo, optamos morar em um lugar mais tranquilo, mas tínhamos preferência por uma capital, foi quando conhecemos Campo Grande e decidimos nos mudar”, explica o sócio proprietário Renê Carfaro Junior, de 50 anos.

Mas o que ficou foi a saudade daquele vasto menu de café e salgados quentinhos em cada esquina de onde moravam, foi então que a família passou a buscar lugares semelhantes por aqui e, na falta de opções, viu a oportunidade de aproximar o sabor que sempre admiraram do campo-grandense.

“Desde então pensamos na Duo, que significa a junção da esfirra e do café. Muita gente questiona o porquê da esfirra, mas é um prato que rotineiramente comíamos por ali e sentimento muita falta dela por aqui”, explica.

Cristina Garcia Carfaro, 49 anos, empresária e esposa de Renê, nunca foi uma apreciadora nata de cafés, mas quando a ideia bateu à porta da família, ela foi a que tomou as rédeas da especializou e partiu para São Paulo em busca de mergulhar no universo do café. “E descobri que o café é muito mais do que uma bebida quentinha no nosso dia a dia, o café uma arte que merece ser apreciada e degustada com muito afeto”, diz.

Depois de muito preparo, investimento numa arquitetura contemporânea e com toques de aconchego para um cafezinho na hora do almoço, tarde ou happy hour, as portas do estabelecimento abriram em janeiro e desde então oferece mais do que café e esfirra. Agora há um menu mais diversificado que abraça a culinária árabe. Tem quibe cru, pão sírio, babaganuche, homus, coalhada e sanduíches que envolvem esses ingredientes.

Mas ao saber do desejo e gosto do campo-grandense por uma boa carne e um suculento hamburguer, a família também apostou nos lanches e serve até opção sem pão, onde o carboidrato é substituído por folhas de alface. Já o hamburguer, a família garante: é 100% artesanal e feito com temperos da família.

E além de sabor, o cliente leva para casa história, isso porque dois lanches homenageiam os netos da família, como o X-Theo, para crianças, e o Gourmet Gael que nasceu recentemente.

As sodas artesanais que ano passado virou hit nas cafeterias também estão cardápio e em diversos sabores, o bacana é que existe a opção de misturar sabores sem regras. “Tem cliente que pede morango com abacaxi, por exemplo”, explica a sócia e acadêmica de Jornalismo, Thayse Garcia Carfaro, 21 anos.

Quente ou gelado, você encontra também vários cafés, cappuccinos e frapês, para matar a sede que aumenta com o calor ou também aquecer a tarde de quem não dispensa um café quentinho.

Quem quiser conhecer o espaço, a cafeteria está localizada na Rua Miguel Damha, 287, em frente ao Damha 3. O horário de funcionamento, por enquanto, por conta da pandemia, é das 14h às 21h de segunda a sexta e das 9h30 às 12h30 e 15h às 21h aos sábados.