De shimeji ou pernil, sopa paraguaia em várias versões ganha rodízio
Receita de milho surpreendeu pela diversidade de sabores.
Apesar do endereço carioca, a Rua Rio de Janeiro número 1999, em Campo Grande, ganha cores e sabores bastante regionais, com prato típico que faz muita gente voltar à infância: a sopa paraguaia. Dessa vez, o bolo salgado de milho ganhou rodízio e provou que novos recheios podem surpreender.
O rodízio aconteceu pela primeira vez no espaço colaborativo “Farofa Carioca”, com misturas que se destacam pela diversidade, como shimeji para quem não consome carne e até pernil com chutney de abacaxi. Salgado ou agridoce a proposta é fazer, uma vez por mês, uma experiência gastronômica.
Na noite de ontem, quem pagou R$ 30,00 experimentou à vontade 12 tipos de sopa paraguaia. No cardápio, a estrela da noite ganhou versões recheadas com shimeji, queijo coalho com couve, pernil com chutney, bacalhau, bolonhesa, brócolis com alho poró, marguerita, carne seca com requeijão, carne seca com banana, tradicional e goiabada. “A proposta é fazer as pessoas saírem da rotina, inclusive, na gastronomia”, explica Daiany Couto, proprietária da marca A Paraguaia.
O engenheiro sanitarista ambiental Gabriel Agrinpio, de 30 anos, é um cliente conhecido do carrinho de sopa paraguaia que roda Campo Grande levando sabores. Mas ele não quis perder a oportunidade de provar tudo de uma vez só e lembrar, também, da infância. “Tenho lembranças da infância comendo sopa paraguaia”, conta. Ele também ficou surpreso com os recheios e com a importância dada a receita. “É muito bem recheada e um prato que a gente pode chamar de nosso”.
A sopa paraguaia ainda não deixou de ser um dilema para quem nasceu fora de Mato Grosso do Sul, por isso, surpreende toda vez que chega à mesa. Foi assim com a psicóloga Neide Machado, de 55 anos, que veio de São Paulo. “A primeira vez que comi sopa paraguaia fui enganada. Eu estava sentada à mesa louca de vontade de tomar uma sopa, afinal, em São Paulo era um costume tomar sopinha com aquele clima à noite. De repente, chegou um bolo à mesa e me contaram que eu estava comendo a tal sopa paraguaia”.
Confusão resolvida e Neide se apaixonou pelo prato. “Nunca mais deixei de comer”, diz. A paixão pela receita é tamanha que, ontem, ela abriu mão de qualquer restaurante da cidade para comemorar o aniversário ao lado dos filhos e amigos comendo rodízio de sopa paraguaia. “Eu vi na internet e achei bacana. Na hora falei com meus filhos, eles toparam e viemos experimentar. Valeu à pena”.
A bancária Giseli Sena, de 33 anos, fez questão de experimentar vários sabores. “Adorei, achei muito bem recheado e eu estava acostumada a comer aquela tradicional, sem recheio nenhum, da qual a gente nem consegue comer tanto”, afirmou.
Como aprovação dos clientes, no próximo mês, o espaço colaborativo já confirmou um novo rodízio. “Não será só de sopa paraguaia, nós também vamos experimentar outros pratos, mas a sopa será sempre o nosso carro-chefe, inclusive, já fizemos até sopa paraguaia na parrilla servida com cortes selecionados de carne”, lembra Daiany.
Quem quiser conferir as datas dos rodízios pode acompanhar o Facebook do espaço colaborativo.