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Sabor

Em seis estilos, amigos fabricam dentro de bar uma cerveja que é a cara de MS

Ipê e toca da onça viraram chope em bar onde cliente toma cerveja do tanque

Paula Maciulevicius | 24/05/2017 07:28
De forma lúdica, painel resume como é feita a cerveja que chega ao copo do cliente. (Foto: Marina Pacheco)
De forma lúdica, painel resume como é feita a cerveja que chega ao copo do cliente. (Foto: Marina Pacheco)

Uma ideia que levou três anos para sair do papel. Entre o gostar de cerveja artesanal e o servir, houve muito estudo, pesquisa e produção. Três amigos começaram o rascunho do projeto que na quinta-feira abre as portas em Campo Grande, num boteco. Regina é engenheira de alimentos e quem assina a produção ao lado do casal de advogados Fabiana e Hipólito Lima. 

"Sabe aquele livro 1001 cervejas para beber antes de morrer? A gente já tomou 1002", brinca o sócio-proprietário Hipólito Lima. Desde 2014 ele, a esposa Fabiana e a amiga Regina começaram a viajar o país, visitar fornecedores e estudar cases de sucesso e também de fracasso.

"A gente tinha uma grande paixão por cerveja e procurou fazer dela um negócio.  Queremos servir as pessoas levando um alimento de qualidade que permita experiências gastronômicas diferentes", explica Hipólito.

Sócios Regina e Hipólito e o sommelier de cerveja Filipe montaram cardápio harmonizando bebidas e comidas. (Foto: Marina Pacheco)
Sócios Regina e Hipólito e o sommelier de cerveja Filipe montaram cardápio harmonizando bebidas e comidas. (Foto: Marina Pacheco)

A cervejaria juntou bar e fábrica num mesmo espaço, na Rua Alagoas. Das cadeiras na parte de dentro se vê oito tanques que totalizam os 16 mil litros que eles conseguem produzir. Por enquanto, são seis estilos ligados na chopeira que levam nomes regionais e dão a cara de Mato Grosso do Sul.

Rótulos - A weiss se chama "Piracema"; a belgian blond, "Toca da onça"; a american premium lager, "Ipê"; a american IPA, "Boiadeira"; a irish red ale, "Canta galo"; e a dry stout, "Sara-cura".

"A gente não segue uma escola específica, tentamos mesclar estilos diferentes até para satisfazer o público em geral", explica Regina Nuruki. As receitas das cervejas foram desenvolvidas pelo mestre cervejeiro Evandro Zanini.

O nome da cervejaria também é uma homenagem a Campo Grande. "Prosa porque a fundação da cidade se deu às margens do córrego e porque remete a uma conversa entre amigos aberta, informal, bem ao estilo de vida do sul-mato-grossense", descreve Hipólito. 

A ideia de deixar os tanques de produção à mostra foi para que os clientes vejam como é feito todo processo e quais equipamentos fazem a cerveja chegar até o copo. "Nossa torre trave tem seis saídas e duas dessas torneiras podem conectar direto de qualquer um destes tanques. Temos estrutura para isso", explicam os sócios. 

Nomes são a cara de Mato Grosso do Sul. (Foto: Marina Pacheco)
Nomes são a cara de Mato Grosso do Sul. (Foto: Marina Pacheco)
Tábua de degustação é opção para provar todos os chopes. (Foto: Marina Pacheco)
Tábua de degustação é opção para provar todos os chopes. (Foto: Marina Pacheco)

Cada estilo pede um copo diferente na hora de servir, mas os tamanhos variam de 300 ml até 600 ml e os preços vão de R$ 12 a R$ 17. Valores que concorrem no mercado de cerveja artesanal. O cliente também pode provar cada estilo na tábua de degustação, em que seis copinhos de 120 ml vão mostrar como é cada cerveja. Além de poder abastecer o growler - recipiente de vidro ou cerâmica que mantém temperatura e sabor da bebida para consumir depois.

As portas são daquelas de armazém e as paredes, mais escuras. A iluminação indireta dá o tom de aconchego e refúgio para um final de dia. A parte externa é dividida entre o pergolado na lateral e a fachada, que conta com 4m de recuo para mesas e cadeiras em frente ao bar.

No cardápio, virão as indicações de harmonização de cervejas e comidas, montado pelos sócios e pelo publicitário e sommelier de cerveja, Filipi Minatel. Entre porções, serão mais de 20, desde carne seca com mandioca, pastéis, linguiça sertaneja, tapioca e bolinhos até os sete pratos que compõe o menu com risoto, bacalhau e cortes de carne.

Fábrica - A cervejaria ainda quer abrir para visitação todo o seu processo em horários específicos. Acima do bar, uma arte explica de forma bem simples como é feita a cerveja artesanal.

"Começa na trituração dos grãos, a segunda etapa já é a mistura, na qual se faz a extração do carboidrato do malte e depois vem a filtração, que separa ele que está em forma de caldo do bagaço. A parte da fervura é no terceiro tanque, que ferve o mosto e faz adição do lúpulo, que é o que dá amargor à cerveja. Depois de ferver, temos o resfriamento do mosto, depois o trocador de calor e vai para o tanque fermentador, que é a parte em que se evidenciam todos os aromas e sabores. Fermentado, ocorre o processo de maturação. A cerveja será filtrada e então vai direto para a torre da chopeira ou envase", resume Regina.

A cervejaria abre as portas nesta quinta-feira, dia 25, na Rua Alagoas, 901. O horário de funcionamento é de quarta a sexta, das 17h à meia-noite, aos sábados a partir das 10h30 e aos domingos, das 10h30h até as 15h.

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Cerveja saindo direto do tanque. (Foto: Marina Pacheco)
Cerveja saindo direto do tanque. (Foto: Marina Pacheco)
Cervejaria mescla estilos para agradar todos os gostos. (Foto: Marina Pacheco)
Cervejaria mescla estilos para agradar todos os gostos. (Foto: Marina Pacheco)
De malte torrado, stout leva o nome de "Sara-cura". (Foto: Marina Pacheco)
De malte torrado, stout leva o nome de "Sara-cura". (Foto: Marina Pacheco)
Para cada estilo, um copo diferente. (Foto: Marina Pacheco)
Para cada estilo, um copo diferente. (Foto: Marina Pacheco)
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