Fusão entre culinária peruana e japonesa chega em restaurante despojado
O lugar é diferente. O ambiente é despojado e clássico ao mesmo tempo. As paredes cinzas cuidam para dar um tom mais sofisticado e as molduras em cores vibrantes, como amarelo, verde água e roxo, quebram a seriedade.
A mistura dá sensação de conforto a quem entra pela primeira vez no restaurante Imakay, que tem previsão de abertura para a próxima semana, no Shopping Campo Grande, em frente ao Outback.
Imakay, em quíchua, o dialeto indígena peruano na época do Império Inca, significa conceito, e é isso que os empresários querem trazer para Campo Grande, uma fusão entre a gastronomia peruana e japonesa.
A inspiração veio de São Paulo, que já tem alguns restaurantes do gênero, mas não foi uma criação brasileira. A "culinária nikkei" surgiu com a imigração japonesa ao Peru. Com saudades da culinária tipica, os imigrantes começaram a inserir ingredientes dos orientais aos tradicionais pratos peruanos.
O restaurante tem cara de bar, ou pub. As cadeiras nas mesas, por exemplo, não seguem um padrão e dividem o lugar em dois ambientes. “A gente não queria que ficasse estilo refeitório, e sim um ar diferente e despojado”, comenta Daniel Favalli, de 32 anos, um dos sócios.
No cardápio, são mais de 15 tipos de ceviches, o famoso peixe cru marinado em suco de limão ou outra fruta cítrica, além de ter cerca de oito pescados diferentes para a elaboração de pratos quentes e frios. As porções são pequenas, tudo ao estilo gourmet. O preço não é dos mais baratos. Uma porção individual custa R$ 29,00.
A casa também oferece uma vasta carta de vinhos e opções de sushis.
Chique - Outro detalhe está na cerâmica para servir, criada em um ateliê paulista exclusivamente para o restaurante, no conceito da casa, tudo artesanal.
Os funcionários ainda estão em treinamento, de olho no atendimento satisfatório, mas para que eles também fiquem um pouco imersos na cultura peruana para responder a possíveis dúvidas dos clientes.
O lugar acomoda 58 pessoas sentadas e a ideia é que elas passem o maior tempo possível ali, sem aquele clima de shopping center “Não queremos que as pessoas comam e vão embora. A ideia é que elas cheguem e aproveitem”, diz Leonardo Merjan, outro sócio do empreendimento.