ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SÁBADO  16    CAMPO GRANDE 29º

Sabor

Irmãs abrem restaurante para servir a pouco conhecida comida coreana

O sabor apimentado que está no DNA da gastronomia coreana é que chama atenção nos pratos

Thailla Torres | 29/05/2020 06:39
Bulgogi é prato típico, feito com carne marinada grelhada em molho de soja, alho picado e semente de gergelim, servido com verduras. (Foto: Paulo Francis)
Bulgogi é prato típico, feito com carne marinada grelhada em molho de soja, alho picado e semente de gergelim, servido com verduras. (Foto: Paulo Francis)

Quem gosta de sabor apimentado e quantidade generosa à mesa, precisa conhecer o restaurante de duas irmãs coreanas, que há dois meses, decidiram mostrar ao campo-grandense o que há de surpreendente na gastronomia da família, que pouca gente conhece.

Isso mesmo, nem todo mundo sabe o que, de fato, traz a comida coreana, e há quem entre no restaurante totalmente perdido por achar que o lugar oferece comida japonesa. Quando a resposta é não, há quem vá embora. Mas quem fica é surpreendido, ou “quebrado no meio”, por supor que a gastronomia coreana e japonesa “é tudo a mesma coisa”, grande engano.

Esqueça o peixe cru. Aliás se você não é adepto aos pratos nesse formato, o restaurante coreano é uma boa pedida. Tem de frango frito a macarrão de batata doce com legumes refogados e iscas de carne. E quem prepara afirma que o coreano gosta mesmo é sabores fortes, com uso de pimenta, alho e gergelim, por exemplo.

Hemurpajon, uma panquecada feita com lula, camarão, cebolinha e legumes.
Hemurpajon, uma panquecada feita com lula, camarão, cebolinha e legumes.
Gina é filha de pais coreanos e sócia-proprietária do restaurante ao lado da irmã. (Foto: Paulo Francis)
Gina é filha de pais coreanos e sócia-proprietária do restaurante ao lado da irmã. (Foto: Paulo Francis)

A ideia de abrir o restaurante surgiu ano passado, conta a sócia-proprietária Gina Suh-Ko, de 33 anos, filha de pais coreanos que chegaram ao Brasil há 40 anos para trabalhar no comércio. “Minha irmã cozinha muito bem, sempre amou cozinhar para a família e os amigos. Eu e ela achamos que o pessoal iria gostar de uma culinária diferente, e sentimos que o campo-grandense está ficando mais aberto. Primeiro veio a comida chinesa, depois a japonesa e agora nossa ideia é trazer algo tradicional da família coreana”, explica a dona.

Os temperos que chegam à mesa foram ensinados pela avó e pela mãe. “Minha irmã aprendeu todos os temperos com elas, alguns modos de preparo ganham características diferentes, porque cada família tem um jeito de preparar”, diz.

Uma dessas particularidades é o Kimti ou (kimchi), uma tradicional conserva de acelga fermentada na pimenta. No restaurante das irmãs uma das sugestões é a versão sopa, que leva costela suína, tofu, queijo de soja e cebolinha. O prato acompanha arroz.

Quando questiono sobre a possibilidade de definir o sabor da comida coreana, Gina diz que isso, às vezes, é difícil. “Melhor experimentar mesmo, mas boa parte das receitas atinge o umami”, afirma.

Umami é uma palavra de origem japonesa, conhecida como o quinto sabor dos alimentos, por ser duradouro, ficando na boca por mais tempo do que os demais sabores, como salgado, doce, amargo e azedo.

Frango coreano, empanado e coberto com molho agridoce à base de pimenta e molho de soja
Frango coreano, empanado e coberto com molho agridoce à base de pimenta e molho de soja

Outro carro-chefe para quem não dispensa uma pimenta é o frango frito coreano, empanado e coberto com molho agridoce à base de pimenta e molho shoyu. Vale como refeição ou aperitivo.

O Bulgogi é outro prato típico, feito com carne marinada grelhada em molho de soja, alho picado e semente de gergelim, servido com verduras.

Para quem ama frutos do mar, a sugestão é a Hemurpajon, uma panquecada feita com lula, camarão, cebolinha e legumes. Ou você pode encarar o Ojing Oh Bok Kum, uma lula apimentada com legumes.

Para esquentar de vez, com muita pimenta, a sugestão é o Tteokbokki, também em versão vegetariana. É uma porção de massa de arroz com legumes, ovo e massa de peixe coberto com molho de gochujang, um molho tipo o ketchup dos brasileiros. Mas, se você realmente for escolher esse prato, atenção! Ele é muito apimentado.

O restaurante Ginkko está de portas abertas, dentro das medidas de segurança, mas também trabalha com delivery na hora do almoço e jantar. O funcionamento é de terça a domingo das 11h às 14h e das 19h às 23h. O endereço é Rua Antônio Teodorowich, 181, Carandá Bosque.

Curta o Lado B no Facebook e no Instagram. Tem uma pauta bacana para sugerir? Mande pelas redes sociais, e-mail: ladob@news.com.br ou no Direto das Ruas através do WhatsApp do Campo Grande News (67) 99669-9563.

Restaurante tem projeto assinado pelo arquiteto Luan delmondes e pintura feita pelo artista Luís Salgado. (Foto: Paulo Francis)
Restaurante tem projeto assinado pelo arquiteto Luan delmondes e pintura feita pelo artista Luís Salgado. (Foto: Paulo Francis)

Nos siga no Google Notícias