Louco por flores, Bruno vende espécies comestíveis na caixa
Flores cultivadas pelo gastronomo Bruno Abreu ganham cada vez mais o coração de chefs e bartenders espalhados pela cidade
Há pessoas que ainda param o chef de cozinha Bruno Abreu e são sinceras: “Adoro suas comidas, mas não comeria as flores”, dizem. O diálogo tem a ver com o reconhecimento do chef através da venda e preparação de pratos culinários com flores comestíveis. O que ainda é tido como estranho para alguns tem ganhado cada vez mais o coração de chefes de cozinha e bartenders. O interesse aumentou tanto que Bruno resolveu transformar isso em negócio.
Hoje, além de chef, palestrante e um defensor das "panc’s" (Plantas Alimentícias Não Convencionais), ele é vendedor de flores comestíveis em caixas. Um kit com até 14 espécies de flores custa aproximadamente R$ 70,00.
A clientela fiel, claro, está nos restaurantes e bares que agora investem pesado no uso das flores. Mas quem é adepto a culinária "panc" e estuda o uso das flores nas receitas também pode ter Bruno como grande aliado.
O negócio começou há cerca de 1 anos. Bruno já viajou para muitos países, mas quando morou no Chile começou a se dedicar às plantas não convencionais que muita gente não sabia aproveitar na alimentação.
Quando voltou para o Brasil precisava se agarrar em algo transformador na profissão, foi quando teve a ideia de inserir as flores de uma vez por todas na sua gastronomia.
“Comecei a montar minha caixinha e trabalhar nos restaurantes. E quando eu dava consultoria eu levava minha caixinha para elaboração dos pratos”, conta Bruno.
Depois de ganhar reconhecimento com uso das plantas e flores, Bruno passou a responder pessoas interessadas nesse tipo de ingrediente.
“Foi quando comecei a montar caixinhas e fornecer para amigos chefs de cozinha que queriam se destacar, porque é algo diferenciado, porque eu não encontrava muitas receitas na internet”, lembra.
Mas antes de investir nas flores, Bruno investe na informação sobre consumo. “Tudo que é novo para o nosso paladar tem que ter cuidado. Eu nunca indico que vá colhendo e vá comendo, primeiro porque a planta da rua tem uma poluição, pode ter tido contato com algo que seja prejudicial”, explica.
Assim as flores se tornaram renda extra. “Além disso as flores são oportunidade de incrementar o cardápio e oferecer um produto que não altera o sabor do prato”, explica.
Boa parte das flores são utilizadas para apresentação de pratos e bebidas, mas Bruno já investe na produção de geleias e mel com flores comestíveis.
Entre as queridinhas está a famosa clitória. “Ela não tem sabor e deixa qualquer massa, gelo ou gelei azul, pois tem uma tonalidade muito forte e bonita”, destaca.
Contato com Bruno pode ser feito pelo perfil @chefbrunoabreu.
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