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Sabor

Maria Fumaça volta para a Esplanada em forma de steakhouse

Irmãos Kobayashi são os donos do novo restaurante da região, que tem como estrela uma churrasqueira gigante no estilo americano

Lucas Mamédio | 03/06/2020 06:21
Adriano e Thiago planejavam há anos um restaurante só deles (Foto: Henrique Kawaminami)
Adriano e Thiago planejavam há anos um restaurante só deles (Foto: Henrique Kawaminami)

Já é possível ir à Maria Fumaça na Esplanada Ferroviária, em Campo Grande; ela está funcionando. Calma, não estamos falando do famoso trem do século passado, e sim da mais nova steakhouse ali da região, a Maria Fumaça.

O nome é um jogo de sentidos, remetendo não apenas ao passado da Esplanada, mas também a principal estrela da casa, um smoker gigante, espécie de churrasqueira que trabalha com temperaturas não tão altas e serve também para defumar a carne.

O equipamento foi feito sob medida para o restaurante, demorou quatro meses para ficar pronto e custou cerca de 6 mil reais. “Essa é uma churrasqueira muito comum do churrasco americano, que a linha que seguimos aqui”, diz Adriano Massaharo Inácio Kobayashi, de 32 anos, chef de cozinha e um dos sócios do novo empreendimento.

Adriano ao lado do smoker explicando como funciona (Foto: Henrique Kawaminami)
Adriano ao lado do smoker explicando como funciona (Foto: Henrique Kawaminami)

Adriano e o irmão, Thiago Ken Iti Kobayashi, de 33 anos, são os donos do local. Adriano foi cozinheiro em duas cozinhas de Campo Grande e Thiago trabalhou até pouco tempo como garçom na Feira Central, ali pertinho.

Os dois vivem um sonho idealizado por anos, que quase virou pesadelo com a pandemia do novo coronavírus. “Nós íamos inaugurar mais no começo do ano, mas tivemos que adiar por conta da pandemia, foi bem frustrante”, lamenta Thiago.

Thiago conta que os dois falam de montar um restaurante juntos há muito tempo. Desde que resolveram tentar de verdade, a vida mudou. Deram entrada no FCO (Fundo de Financiamento do Centro-Oeste), uma linha de crédito específica para desenvolvimento da região Centro-Oeste. Economizaram cada centavo que ganharam, sem falar que se desfizeram de bens, como veículos.

Perguntando quanto teria investido no empreendimento, Thiago fala uma coisa que não tem valor. “Investimos uma vida aqui”.

Thiago trabalhava de garçom até o ano passado (Foto: Henrique Kawaminami)
Thiago trabalhava de garçom até o ano passado (Foto: Henrique Kawaminami)

Adriano conta que aprendeu a lidar com o smoker sozinho, “na raça”. Ele comprou livros americanos que ensinavam a usá-lo, que falavam sobre cortes de carne, modos de preparo, tudo direto da fonte.

“Fiz vários testes de temperatura, tempo dentro da churrasqueira. Também tive bastante dificuldade em encontrar lenha de qualidade, tudo pra ficar o mais fiel possível ao barbecue americano”.

Aliás, às vezes, algumas peças dão tanto trabalho, que Adriano é obrigado a começar o preparo de madrugada. “Tem carne que coloco duas horas da manhã no smoker pra ficar pronto no mesmo dia à noite, mais de 15 horas de intervalo”.

Histórico - A arquitetura é uma atração à parte. O prédio tem 130 anos e preserva a fachada original, assim como o piso do salão onde as pessoas são servidas. Como fica no entorno da Esplanada, o prédio não é tombado como um todo, mas existem regras rígidas de reforma e uso.

A arquiteta Luciana Corrêa do Canto, que assinou o projeto, explica as peculiaridades do prédio. “Ali é uma Zona Especial de Interesse Cultural, então nós resolvemos manter a mesma fachada, o piso e até mesmo a pintura existente. O projeto do restaurante foi pensado na preservação do local e na valorização histórica da região, porque ele já tinha uma personalidade e usamos isso a nosso favor”.

A fachada do prédio de 130 anos foi totalmente preservada (Foto: Henrique Kawaminami)
A fachada do prédio de 130 anos foi totalmente preservada (Foto: Henrique Kawaminami)

O cardápio é bem diversificado com entradas, pratos principais e sobremesas. Por ser uma steakhouse no estilo americano, o principal ingrediente é a carne. Tem corte bovino, suíno, e de frango.

Thiago diz que o movimento ainda está tímido tanto porque estão abertos há uma semana apenas quanto pelo coronavírus, mesmo assim o sentimento é de esperança “Foi tanto tempo, agora não tem como recuar, é fazer dar certo”.

O restaurante Maria Fumaça fica na Rua Doutor Temístocles, 93, paralelo a Mato Grosso, entre 14 e Calógeras. Fica aberto de quarta à segunda-feira, das 18h00 às 23h00.

Mais informações podem ser obtidas pelo Instagram ou Facebook.

Confira mais fotos do espaço na galeria no fim desta matéria.

Piso original do interior também foi preservado (Foto: Henrique Kawaminami)
Piso original do interior também foi preservado (Foto: Henrique Kawaminami)

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