Na crise, pegue a carne para o almoço em uma das árvores da Afonso Pena
Nessa crise, quando até o ex-presidente Lula já admitiu que 2016 vai ser ano de muito arroz e pouca “mistura” no prato, o Lado B deu um jeito de garantir a carne do almoço e, melhor, a custo quase zero.
Subimos a Afonso Pena e catamos uma jaca verde, ali, no canteiro central, quase na esquina com a Rua Bahia. Vamos virar veganos, gente! Além de ser ecologicamente correto, o povo ainda economiza.
A textura é igual a do frango, mas não vá com tanta fome ao prato porque o gosto vai depender única e exclusivamente do tempero. “Mas a jaca é de graça e uma alternativa à carne de soja”, defende a jornalista (e vegetariana) Liana Feitosa, que levou a nossa jaca para casa e colocou na panela de pressão para mostrar como é fácil transformar fruta em carne (pelo menos, visualmente falando).
Mas se em tempos de crise o que vale é ser criativo, vamos ao exercício. Primeiro, Liana “exigiu” uma jaca verde. “Já ganhei uma madura e não deu certo, não fica no ponto de cozimento”, explica.
Depois, já com a fruta em casa, tratou de besuntar bem as mãos e os utensílios domésticos porque a tal da jaca tem cola que gruda como uma praga. “Dá para usar óleo de girassol, milho, canola. Passa nas mãos como fosse creme e na faca. Também é legal usar luvas”, recomenda. Se a luva for uma opção, o óleo precisa ser passado nas luvas.
A fruta é cortada em vários pedaços grandes e vai para a panela de pressão. “Tem de ter bastante água. Não pode só jogar lá dentro, sem espaço”, observa.
Aí é só esperar. Cerca de 15 minutos depois que a panela pegar a pressão, retire a jaca e deixe esfriar. Sem o risco de queimar as mãos, já é hora de retirar a carne, grudada na casca e nos gomos. “Se render bastante, pode congelar sem tempero. Aí, é só refogar na hora da refeição e pronto. Vou tentar fazer bobó”, avisa Liana.
O gosto pode não ser de frango assado, mas a gente procurou no Google e descobriu que a jaca é rica em antioxidantes, que protege contra catarata e até contra a asma.
E olha, no dia que pegamos essa jaca na Afonso Pena, tinha muitas mais nos pés.