Recheando coxinha com kafta, bar árabe abre com conceito contemporâneo
Amin é corumbaense, cresceu na Cidade Branca, mas aprendeu desde cedo a amar a cultura palestina. Esse carinho pela música, dança e gastronomia se transformou ao longo dos anos no Malki Bar, restaurante que une todos esses elementos em uma nova roupagem, contemporânea.
Apesar de ter no cardápio os pratos típicos de quase todos os restaurantes do gênero em Campo Grande, o Malki priorizou como carro-chefe os velhos ingredientes associados a novas criações. Com assinatura da chef Rafaela Georges, o bar tem desde coxinhas de mandioca recheadas com kafta, carne típica em receitas árabes, até bolinhos de arroz com lentinha e cebola frita, acompanhado sempre do molho especial da casa.
“Há três anos eu tenho essa ideia de abrir o bar. Eu planejei ele mesmo tem um ano, fiz curso de gestão em bar e restaurante, viabilidade em negócio, consultoria, projeto arquitetônico, criei a identidade do negócio. Eu quero quebrar esse paradigma que árabe é terrorista, de que árabe é machista, esse esteriótipo que é criado em torno disso. Parece que o mundo árabe é muito distante da cultura ocidental. Então, chegamos nessa temática do árabe moderno”, explica Amin.
Há poucos elementos tradicionais da cultura árabe na decoração do bar, que priorizou uma arquitetura mais moderna. Ao invés de lampadas mágicas foram colocados posters de filmes nas versões que são exibidos em países orientais. Para a obra, Amin contratou refugiados sírios, que acabaram contribuindo para a decoração.
“Quis usar o bar também como ferramenta social, para ajudar mesmo a comunidade árabe até porque a temática é essa e eles poderiam ajudar. Tanto que fizeram uma pintura em 3D que é bem comum na região, aqui foi feita em cimento. Eu gostei muito”, explica.
O restaurante ainda tem um espaço fechado para quem gosta de fumar arguile e um balcão para os solitários ou amigos que preferem tomar um drink sem o isolamento da mesa.
O próprio nome do restaurante é em homenagem a família palestina do proprietário. “Malki é o nome de quem nasce na cidade de Kafr Malki, na Palestina”, indica. No som ambiente, nada do tradicional, mas muito pop. Para não dizer que o clássico não terá espaço, uma vez por vez, um jantar com danças será realizado no local.
Os preços dos pratos variam de R$ 18,00 a R$ 40,00. “O que tem mais saído por enquanto é a coxinha e o pastel de kafta, tem sido muito elogiado, mas nós temos desde as porções tradicionais de quibe cru, coalhada seca, esfirra, quibe frito e batata malki com especiarias árabes até os lanches mais elaborados”, indica.
O destaque vai para o Malki Burger, com pão árabe, hambúrguer de kafta, coalhada seca temperada com cebola frita e lascas de pepino levemente temperado com zaatar. O prato acompanha batata frita e custa R$ 25,00.
O cardápio ainda tem o carpaccio rústico malki com filé mignon com crosta de temperos árabes, selado na manteiga, com molho a base de coalhada seca e pão árabe. O valor é de R$ 35,00, com 200 gramas. Já os bolinhos de Mjadra, com arroz, lentilha e cebola frita custam R$ 25,00, com 500 gramas.
Na sobremesa, o bar investiu no clássico Knefe, doce de cabelo de anjo com creme de ricota e sorvete de pistache. O valor é de R$ 15,00.
Para finalizar, os drinks também são diferenciados. A criação é do próprio Amin. “A Caipi Malki tem limão, arak, uma bebida árabe com 50% de álcool e sabor de anis, e açúcar”, aponta. O valor é de R$ 14,00. Há outras opções como o martini de pepino.
O Malki Bar fica na rua José Antônio, 157, Vila Rosa Pires. Informações pelo telefone (67) 3204-1604 ou na página do Facebook.
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