Sem cantina em escola, mãe ensina a fugir da bisnaguinha e Toddynho
Receitas do e-book Comida para Vida não se aplicam só as crianças e podem ser feitas para toda família
Com a volta das aulas presenciais e as restrições chegando até as cantinas, boa parte delas deixaram de oferecer lanches. Diante do desafio que é para os pais montarem uma lancheira saudável diariamente, a mãe, acadêmica de Nutrição e pós-graduada em Gastronomia Funcional, Juliana Lobo, de 37 anos, juntou receitas em um e-book para você fugir da dupla "bisnaguinha e Toddynho".
Sem ser radical, Juliana fala que consumir esse tipo de alimento de vez em quando não tem problema, mas se a gente colocar na ponta do lápis, dos 200 dias letivos, uma criança que fica integral na escola fará 400 refeições por ano. Então, é preciso se preocupar com o que vai na lancheira.
"Não adianta você dar almoço e janta super saudável para a criança e deixá-la comer bisnaguinha e Toddynho todo dia. Então, criamos coisas para se fazer em casa, um bolo que você consegue por abobrinha ou inhame, uma torta que leva legume no meio", exemplifica.
Juliana Lobo é cocriadora, ao lado da amiga Tatiane do Carmo, no projeto "Comida pra Vida", que além do e-book oferece cursos. A ideia central é de levar uma alimentação saudável e mais natural possível às crianças, deixando de lado os ultra processados.
"O ideal é que você consiga produzir na sua casa em um período de algumas horas, levar ao forno e depois congelar um hamburguinho que você só vai tirar na véspera e colocar no pãozinho. O plano é ensinar as mães a fazerem o lanche para 15 dias em um dia só", descreve.
O e-book é gratuito e tem duas opções de cada lanche: torta, bolo e hambúrguer. Os pratos também foram pensados nos alérgicos e veganos, com sugestões que sem glúten e nenhum ingrediente de origem animal (clique aqui para baixar).
Pesquisa – Antes de criar as receitas, Juliana e Tatiana fizeram uma pesquisa com mães de crianças pequenas que apontaram o lanche como o maior problema das refeições.
"Fomos vendo que essa parte não é muito considerada pelos profissionais que fazem a organização alimentar. O foco acaba sendo almoço e jantar e o lanche fica de lado", conta Juliana.
Um pão com queijo e presunto e um Toddynho, por exemplo, além de conter muito açúcar e sódio, são pobres em nutrientes. "E a gente sabe que a quantidade principalmente de elementos inflamatórios nesses alimentos é muito grande. Então, queremos que você consiga fazer uma torta que tenha uma quantidade significativa de proteína boa, uma farinha integral", diz Juliana.
Receitas
A primeira do e-book – só pra dar um gostinho – é a versão de torta rápida de liquidificador. Confira:
Ingredientes:
- 1 e ½ xícara de chá de água
- 3 ovos
- 1 xícara de chá de óleo
- 1 e ½ xícara de chá do mix de farinhas sem glúten (ou 1 e ½ xícara de farinha de trigo)
- 1 colher de chá de sal
- 1 colher de sopa de fermento em pó
Modo de preparo – Leve a água, os ovos, o óleo ao liquidificador e em seguida acrescente a farinha e o sal. Bata até obter uma massa homogênea
Opção de finalização 1 – Acrescente o fermento e mexa delicadamente. Forre o fundo de uma forma retangular média usando metade da massa. Acrescente o recheio ja frio de sua preferência e cubra com o restante da massa.
Cozimento – Leve ao forno pré-aquecido a 180 graus, por em média 30 minutos ou até que esteja douradinha. Faça o teste do palito.
Armazenamento – A torta dura até 3 dias refrigerada e até 3 meses congelada. Ela poderá ser congelada inteira ou porcionada. Se desejar dividir em porções, corte os pedaços em uma forma, deixando um pequeno espaço entre eles e leve ao congelador. Quando os pedaços estiverem bem congelados, acomode-os em um pote e volte ao congelador.
Descongelamento – Prefira descongelar da noite para o dia em geladeira. Retire o pedaço a ser consumido, coloque em um pote com tampa e leve a geladeira. No dia seguinte é só aquecer.
O e-book traz além dos ingredientes e modo de preparo todas as instruções de armazenamento, descongelamento e até temperos adicionais que vão deixar a receita ainda mais gostosa.
Sobre o nome do projeto "Comidas pra Vida", Juliana explica que ele é síntese da proposta de trabalho. "Se fala muito em dietas, mas a nossa proposta não é dietética, é ajudar as pessoas a fazerem boas escolhas e terem intimidade com a cozinha prática, para o dia a dia, e consequentemente, para a vida".
Acompanhe o trabalho do "Comidas pra Vida" no perfil Instagram.
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