Boletim prevê produção de 11,2 milhões de toneladas de milho 2ª safra em MS
Entretanto, há riscos com a produção já que 54% do milho foram cultivados fora da janela ideal de semeadura
Em Mato Grosso do Sul, a área destinada ao cultivo de milho segunda safra 2022/2023deve registrar um crescimento de 5,4% em relação ao ciclo anterior, totalizando 2,325 milhões de hectares. A previsão é do boletim do Projeto Siga (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), mantido pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), em parceria com a Aprosoja/MS e o Sistema Famasul.
A expectativa, aponta o boletim, é de uma produtividade média de 80,33 sacas por hectare. Esses números apontam para uma estimativa de produção de aproximadamente 11,206 milhões de toneladas de milho. No entanto, a porcentagem de área colhida na segunda safra 2022/2023 está cerca de 3,50 pontos percentuais abaixo do mesmo período da safra anterior, considerando os dados até 30 de junho.
A área ainda está em levantamento, o que indica que podem ocorrer variações para mais ou menos em relação à área prevista.
Atualmente, cerca de 30,11% da safra de milho 2022/2023 já está comercializada.
Cultivo fora da janela
“Apesar das expectativas positivas, existem fatores que precisam ser observados de perto pelos produtores. Um deles é a incerteza em relação à cultura, uma vez que 54% da produção de milho em Mato Grosso do Sul está fora da janela ideal de semeadura. Essa situação aumenta o risco de danos causados por intempéries climáticas, como estiagem, geada e queda de granizo. É necessário monitorar cuidadosamente as condições meteorológicas e adotar estratégias para minimizar possíveis perdas”, comentou o secretário Jaime Verruck, da Semadesc.
O boletim do Projeto Siga aponta que, no mês de junho, por exemplo, ocorreu uma geada nas regiões Oeste, Centro e Sudoeste do Estado, afetando municípios como Bonito, Maracaju, Nova Alvorada do Sul, Rio Brilhantes, Antônio João e Ponta Porã. “Felizmente, a geada foi localizada e de baixa intensidade, não causando danos significativos nas lavouras de milho segunda safra. Esse resultado aliviou as preocupações dos produtores, mas reforça a importância de monitorar de perto as condições climáticas”, reitera o documento.
* Com informações da Semadesc ((Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação)