ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, QUINTA  07    CAMPO GRANDE 29º

Lado Rural

Boletim prevê produção de 11,2 milhões de toneladas de milho 2ª safra em MS

Entretanto, há riscos com a produção já que 54% do milho foram cultivados fora da janela ideal de semeadura

José Roberto dos Santos | 05/07/2023 15:55
Colheitadeira avança sobre campos de milho na safra passada; este ano a área é maior, mas riscos com plantio tardio pode afetar produtividade. (Foto: Arquivo/Governo MS)
Colheitadeira avança sobre campos de milho na safra passada; este ano a área é maior, mas riscos com plantio tardio pode afetar produtividade. (Foto: Arquivo/Governo MS)

Em Mato Grosso do Sul, a área destinada ao cultivo de milho segunda safra 2022/2023deve registrar um crescimento de 5,4% em relação ao ciclo anterior, totalizando 2,325 milhões de hectares. A previsão é do boletim do Projeto Siga (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), mantido pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), em parceria com a Aprosoja/MS e o Sistema Famasul.

A expectativa, aponta o boletim, é de uma produtividade média de 80,33 sacas por hectare. Esses números apontam para uma estimativa de produção de aproximadamente 11,206 milhões de toneladas de milho. No entanto, a porcentagem de área colhida na segunda safra 2022/2023 está cerca de 3,50 pontos percentuais abaixo do mesmo período da safra anterior, considerando os dados até 30 de junho.

A área ainda está em levantamento, o que indica que podem ocorrer variações para mais ou menos em relação à área prevista.

Atualmente, cerca de 30,11% da safra de milho 2022/2023 já está comercializada.

Cultivo fora da janela

“Apesar das expectativas positivas, existem fatores que precisam ser observados de perto pelos produtores. Um deles é a incerteza em relação à cultura, uma vez que 54% da produção de milho em Mato Grosso do Sul está fora da janela ideal de semeadura. Essa situação aumenta o risco de danos causados por intempéries climáticas, como estiagem, geada e queda de granizo. É necessário monitorar cuidadosamente as condições meteorológicas e adotar estratégias para minimizar possíveis perdas”, comentou o secretário Jaime Verruck, da Semadesc.

O boletim do Projeto Siga aponta que, no mês de junho, por exemplo, ocorreu uma geada nas regiões Oeste, Centro e Sudoeste do Estado, afetando municípios como Bonito, Maracaju, Nova Alvorada do Sul, Rio Brilhantes, Antônio João e Ponta Porã. “Felizmente, a geada foi localizada e de baixa intensidade, não causando danos significativos nas lavouras de milho segunda safra. Esse resultado aliviou as preocupações dos produtores, mas reforça a importância de monitorar de perto as condições climáticas”, reitera o documento.

* Com informações da Semadesc ((Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) 

Nos siga no Google Notícias