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Lado Rural

Expansão de boas práticas pode incrementar pecuária de corte

Programa é gerido pela Embrapa-Gado de Corte há 20 anos, tem 200 credenciados e passa por atualização

José Roberto dos Santos | 17/08/2023 13:00
Bovino em mangueiro é tratado com protocolo de boas práticas agropecuárias, sem ferrão e sem choque, diz o aviso. (Foto: Arquivo/Embrapa-Gado de Corte)
Bovino em mangueiro é tratado com protocolo de boas práticas agropecuárias, sem ferrão e sem choque, diz o aviso. (Foto: Arquivo/Embrapa-Gado de Corte)

Eficiência, sustentabilidade e competitividade formam o tripé do BPA (Programa de Boas Práticas Agropecuárias) – bovinos de corte, que com mais de 20 anos de existência, passou por profunda transformação. O novo Programa BPA busca agora uma abordagem integrada, envolvendo técnicos, pesquisadores e produtores rurais, para saltar das 200 propriedades, atualmente credenciadas, para mil nos próximos três anos. O programa foi criado pela Embrapa-Gado de Corte, sediada em Campo Grande (MS).

Coordenadora do Programa BPA, a pesquisadora Mariana Pereira, da Embrapa-Gado de Corte, explica que a mudança começa por incluir os bubalinos de corte no manual de BPA, já que antes era restrito à bovinos. O tema da função social da propriedade incorporou os quesitos de legislações trabalhistas e ambiental, que antes apareciam dispersos em outros itens no Manual.

Com isso, abriram-se espaços dentro das áreas de gestão ambiental e de pessoas para quesitos que, de fato, são gerenciáveis, que exigem a tomada de decisão, como por exemplo, separação e destinação correta de resíduos sólidos e bonificação por desempenho.

“O mundo está mudando, o mercado está mais competitivo e a responsabilidade socioambiental das empresas, inclusive no meio rural, está sendo cada vez mais cobrada pela sociedade. As mudanças no Programa BPA vêm para mantê-lo atual e relevante neste novo contexto”, afirma Mariana Pereira.

Como participar

A adesão ao Programa BPA permanece gratuita e voluntária e os produtores podem participar com três níveis de engajamento. No primeiro, o material disponibilizado pela Embrapa no site do BPA serve como guia de implantação na propriedade, sem vínculo formal com o Programa. Já no segundo, apesar de a implantação ser independente, a verificação de conformidade e emissão de atestado de adequação se dá por técnico credenciado BPA. Por fim, no nível três, há acompanhamento técnico desde a verificação inicial até a implantação total.

A decisão final é dos produtores, conforme seus objetivos, disponibilidade de recursos e tempo desejado para a conclusão do processo. Pereira ressalta que o “BPA é um instrumento gerencial que organiza pessoas, processos e recursos de forma eficiente, reduzindo perdas, desperdícios e multas, com consequente impacto positivo nas margens da pecuária. A adoção do BPA em fazendas brasileiras pode contribuir para a produção sustentável de carne, melhorando a imagem desta importante cadeia produtiva”.

* Com informações da Embrapa-Gado de Corte.

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