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Lado Rural

MS salta de 5º para 3º maior exportador de carne, mostra Rally da Pecuária

José Roberto dos Santos | 23/03/2023 15:20
Gado da raça nelore criado a pasto em Mato Grosso do Sul; Estado tem o 5º maior plantel do País. (Foto: Arquivo/Embrapa)
Gado da raça nelore criado a pasto em Mato Grosso do Sul; Estado tem o 5º maior plantel do País. (Foto: Arquivo/Embrapa)

O desempenho da pecuária de Mato Grosso do Sul é um dos temas do evento técnico gratuito do Rally da Pecuária 2022/2023 no dia 30 de março, quinta-feira, a partir das 17h, no Sindicato Rural de Campo Grande. O estado detém o 3º maior rebanho do Brasil, com 22,5 milhões de cabeças, segundo critério adotado pela Athenagro, organizadora do Rally.

A Pesquisa Pecuária Municipal, realizada pelo IBGE, apontou 18,6 milhões de cabeças em 2021, colocando o estado como quinto maior rebanho do país. É o segundo estado em abate de animais, com 3,3 milhões de cabeças, ou 11% do total abatido sob fiscalização.

Mauricio Palma Nogueira, coordenador do Rally da Pecuária, explica que o Mato Grosso do Sul foi o quinto maior exportador de carne bovina em 2022, com US$ 1,13 bilhão e 279 mil toneladas, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). A China é o maior comprador da carne sul mato-grossense, com 28,3% da quantidade embarcada em 2022. Em seguida estão EUA e Chile, cada um com cerca de 13% dos embarques.

“Nos dois primeiros meses de 2023, porém, o MS tornou-se o terceiro maior exportador de carnes, totalizando US$ 171 milhões e 48,3 mil toneladas embarcadas”, afirma. No mesmo período, os EUA passaram a China em importações de carnes do estado, com 29,2% do total exportado, e a China somou 25%, já com o impacto do auto embargo. O Chile se mantém em terceiro, com 10,8%.

Desafios da demanda

“É importante destacar que os produtores e frigoríficos enfrentarão desafios nos próximos anos para atender toda a demanda até 2030, como a elevação dos custos de produção e os juros mais altos para tomada de capital. Nos últimos cinco anos, os custos de produção em uma fazenda comum de pecuária de corte cresceram 12% ao ano, em média. Esse aumento foi causado pelo cenário global, impactado pela pandemia e pela guerra entre Rússia e Ucrânia, e pelo aumento nas cotações do dólar” explica Nogueira.

Engenheiro agrônomo Maurício Palma Nogueira, coordenador do Rally, coleta informações com pecuarista durante o Rally da Pecuária 2022/2023. (Foto: Divulgação/Rally da Pecuária)
Engenheiro agrônomo Maurício Palma Nogueira, coordenador do Rally, coleta informações com pecuarista durante o Rally da Pecuária 2022/2023. (Foto: Divulgação/Rally da Pecuária)

No evento, entre outros temas, o coordenador do Rally abordará projeções de preços e perspectivas do ciclo pecuário; as perspectivas para carne bovina até 2030; investimentos e mudança no orçamento das fazendas; pastagens e o aumento do peso médio de carcaça na região; metano/carbono pela ótica dos resultados nas fazendas e o cenário atual para o mercado de proteínas.

O evento técnico integra o roteiro da quarta equipe do Rally da Pecuária, que volta a campo a partir do dia 27 de março, segunda-feira, percorrendo as regiões de Campo Grande, Miranda, Aquidauana e Três Lagoas.

Ao contrário das edições anteriores, o Rally ocorrerá ao longo de nove meses, com equipes dedicadas às visitas presenciais, levantando, entre outros aspectos, as pastagens e sistemas de produção, nutrição e estratégias de terminação, reprodução e sanidade. dimensionamento de infraestrutura e aptidão por tomada de créditos e investimentos.

Ao longo do Rally, os técnicos levarão informações aos produtores e técnicos de campo e realizarão oito eventos regionais in loco, com temas relacionados ao mercado, produtividade e sustentabilidade, além de dois eventos especiais – com foco no mercado de pecuária de corte – ampliando assim a abrangência da expedição.

Serviço:

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