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Lado Rural

Produção agrícola de MS cresce 10% e deve ultrapassar as 70 milhões de toneladas

Em 2023 a produção da soja, vedete em produtividade, deve ficar próximo de 13 milhões de toneladas

José Roberto dos Santos | 24/04/2023 14:00
Colheita em lavoura de soja em propriedade rural sul-mato-grosssense; grão deve fechar safra com 13 milhões de toneladas. (Foto: Divulgação/Governo MS)
Colheita em lavoura de soja em propriedade rural sul-mato-grosssense; grão deve fechar safra com 13 milhões de toneladas. (Foto: Divulgação/Governo MS)

Mato Grosso do Sul tem uma produção agrícola total estimada para o ano de 2023 de 70,57 milhões de toneladas, distribuída por 6,97 milhões de hectares. Comparado aos dados de 2022, isso representa um crescimento de 10,51% em relação a produção e 1,32% diante da área colhida estimada. Os dados são da Carta de Conjuntura da Agropecuária, divulgada hoje (24) elaborada pela Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) com base nos últimos dados disponibilizados pelo LSPA (Levantamento Sistemático da Produção Agrícola) em março de 2023, produzido pelo IBGE.

Em relação as culturas, a soja é grande vedete em produtividade. Em 2023 sua produção deve ficar próxima de 13,12 milhões de toneladas, ocupando uma área de 3.785,50 mil hectares, representando uma variação em relação a 2022 de 53,58% e 3,63%, respectivamente. No que diz respeito ao Milho (2ª safra), espera uma produção de 10,87 milhões de toneladas (-14,75%) e, para a cana-de açúcar, um volume de 44,76 milhões de toneladas (+9,83%).

Em termos de proporções, em 2023, as culturas de soja, milho e cana-de-açúcar possuem uma participação de 54,35%, 33,69% e 9,07%, respectivamente. Em volume de produção, tais participações são de 13,12%, 11,04% e 44,76%, na sequência. Outras culturas, por sua vez, abrangem apenas 2,90% em relação a área colhida e 2,34% do volume da produção em 2023.

Na série histórica, considerando o primeiro ano da série da LSPA (2006) em comparação a 2023, os volumes de produção variaram: Soja (+215,81%), Milho (+371,20%), Cana-de-açúcar (+258,86%) e Outros (+53,65%).

Por fim, a análise do Valor Bruto da Produção (VBP) da Agricultura aponta que em 2023, o VBP da Agricultura é estimado em R$ 55,78 bilhões, com uma alta de 13,49% frente ao ano de 2022. Considerando o setor agropecuário estadual como um todo, a agricultura responde por 73,59% e, em relação ao ranking nacional, o MS se encontra na 7ª posição. Desagregando o VBP pelas culturas, o destaque vai para as colheitas de soja e milho, representando juntas 82,98% do VBP da agricultura.

Panorama positivo

De acordo com o economista da Semadesc, Renato Siqueira, o panorama da produção é positivo. "É com satisfação que observamos o crescimento significativo da produção agrícola no Mato Grosso do Sul em 2023, com um aumento de 10,51% em relação a 2022 e um VBP estimado em R$ 55,78 bilhões". enfatiza.

Ele destaca a posição da soja no cenário. "A soja destaca-se como a principal cultura, apresentando um aumento expressivo na produtividade e contribuindo fortemente para a economia do Estado. Na pecuária, apesar da redução no rebanho bovino, observamos um aumento na criação de suínos e aves. O Estado se posiciona em 7ª posição no ranking nacional em termos de agricultura e 8ª posição em pecuária. Esses resultados demonstram a importância do setor agropecuário para a economia do Mato Grosso do Sul, e reforçam nosso compromisso em apoiar o desenvolvimento sustentável e a inovação no setor", sinalizou.

Rebanho bovino sul-mato-grossense já beira as 18 milhões de cabeças. (Foto: Divulgação)
Rebanho bovino sul-mato-grossense já beira as 18 milhões de cabeças. (Foto: Divulgação)

Pecuária
Na análise da Pecuária, os bovinos aparecem com 17,61 milhões de cabeças (-2,24%), suínos com 1,77 milhões (+4,46%), aves com 184,64 milhões (+23,77%) e peixes com 1.540,25 milhões (-0,47%). Em termos de evolução, a maior variação positiva foi observada para o grupo de ‘Outros’, com +38,82% em relação ao mesmo período do ano passado (2022).
 Nos últimos 12 meses o rebanho bovino variou em média -0,19% por mês, enquanto o suíno +0,36% e aves e peixes +1,79% e -0,04%, respectivamente.

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