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Lado Rural

MS aposta no cultivo do milho para indústria local e gerar riqueza

Com apenas uma planta, Estado já é o segundo do país em produção de biocombustível e vai expandir mais em 2023

Gabriela Couto e Maristela Brunetto | 21/04/2023 14:01
Lavoura repleta de milho em fazenda no Mato Grosso do Sul; plantio tem sido incentivado pelo governo estadual. (Foto: Chico Ribeiro)
Lavoura repleta de milho em fazenda no Mato Grosso do Sul; plantio tem sido incentivado pelo governo estadual. (Foto: Chico Ribeiro)

Um cenário otimista para o milho está se desenhando em Mato Grosso do Sul com a industrialização. O Estado que já é o segundo produtor de biocombustível no país, ficando atrás apenas de Mato Grosso, tem previsão para ampliar ainda mais seu potencial interno.

"Nós com uma planta somos o segundo em produção de etanol de milho do país. E vamos ter a segunda planta em Maracaju sendo inaugurada em agosto, com previsão de operar já em setembro. Redefinimos o mercado de milho no Estado”, destacou o titular da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck.

A previsão para 2024 é que Mato Grosso do Sul produza 10 milhões de toneladas, sendo que parte dessa safra de milho, três milhões, seja absorvida nessas empresas de etanol. Com o mercado industrial interno em alta, o milho processado se torna um produto final com valor agregado.

Secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, durante palestra na Expogrande. (Foto: Assessoria de imprensa)
Secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, durante palestra na Expogrande. (Foto: Assessoria de imprensa)

“Mato Grosso do Sul deixa de ter disponibilidade para exportar milho e passa a desenvolver essa cadeia produtiva de etanol. Lembrando que o biocombustível de etanol gera etanol e leva DDGS (grãos de destilaria secos com solúveis), um farelo de milho que é utilizado para ração animal, principalmente bovinocultura. E gera óleo de milho também”, acrescentou Verruck.

A Inpasa Brasil anunciou nesta semana um investimento de R$ 400 milhões na planta de Dourados para produção de etanol neutro, utilizado em bebida, remédio, perfume, neutralização de etanol e também um óleo especial utilizado em fármacos.

A meta do governo do Estado é ter a partir do ano que vem a possibilidade de retirar três milhões de toneladas que seriam exportadas para serem processadas aqui. Desta forma, tem incentivado a produção do grão na janela de produção. Só no último FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) foram aprovados 12 projetos de irrigação para aumentar a produção de milho.

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