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Lado Rural

Produtores de soja terão custo 27% maior na safra deste ano

Preços de fertilizantes e herbicidas subiram 140%, conforme levantamento da Aprosoja

Caroline Maldonado | 21/05/2022 14:31
Máquina opera em colheita de soja em fazenda de MS (Foto: Divulgação/Sistema Famasul)
Máquina opera em colheita de soja em fazenda de MS (Foto: Divulgação/Sistema Famasul)

O custo para produzir soja em Mato Grosso do Sul vai ultrapassar o do ciclo 2021/22, subindo 27,12%, na estimativa da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e Milho de MS). O produtor sul-mato-grossense deve desembolsar cerca de R$ 6.351,37 por cada hectare cultivado com soja a partir da segunda quinzena de setembro deste ano.

Preços de fertilizantes e herbicidas subiram 140% e foram os itens que mais contribuíram para o aumento dos custos. Gastos com tratamento de sementes, correção de solo e as operações com máquinas e implementos subiram mais de 50%.

Revertido em soja, o custo da produção chega ao número de 40,9 sacas por hectare. Para se ter uma ideia do estreitamento da margem do agricultor, ou do risco de prejuízos, pode-se destacar a produtividade média da safra 2021/22 em MS, que chegou a 38,65 sacas por hectare, média baixa devido a uma estiagem severa.

Presidente da Aprosoja, André Dobashi, durante o Ponta Agrotec, em Ponta Porã (Foto: Divulgação/Aprosoja)
Presidente da Aprosoja, André Dobashi, durante o Ponta Agrotec, em Ponta Porã (Foto: Divulgação/Aprosoja)

E mesmo em um ano de safra recorde, como foi 2020/21, esse custo representaria mais da metade da média colhida, que foi de 62,64 sacas por hectare, conforme o presidente da Aprosoja, André Dobashi.

“Se o custo de produção, ultrapassa o mínimo que o agricultor produz, ele não pode avançar na comercialização, porque o custo estará fora do patamar de preços que ele está acostumado a lidar”, explica Dobashi.

Por mais que a soja tenha tido uma valorização, não teve esse reajuste, como está ocorrendo com os insumos, na avaliação da Aprosoja. "Então, seja pela pandemia ou pela guerra, os insumos tiveram um reajuste muito maior do que o produto que a gente comercializa: a soja e o milho. E isso faz com que a gente tenha que trocar os insumos, pela nossa moeda, que são essas commodities”, detalha o presidente.

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