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Lado Rural

Vazio sanitário da soja vai de 15 de junho a 15 de setembro em MS

Medida é uma das mais importantes para o controle da ferrugem-asiática da soja; nesta safra MS teve 35 casos

Por José Roberto dos Santos | 16/05/2024 15:11
Soja cultivado em propriedade rural brasileira; vazio sanitário proíbe que oleaginosa seja mantida em qualquer fase. (Foto: Divulgação/Mapa)
Soja cultivado em propriedade rural brasileira; vazio sanitário proíbe que oleaginosa seja mantida em qualquer fase. (Foto: Divulgação/Mapa)

O Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) publicou nesta quarta-feira, 15, portaria que estabelece os períodos de vazio sanitário e de calendário de semeadura de soja em nível nacional, referentes à safra 2024/2025. O vazio sanitário é o período contínuo, de no mínimo 90 dias, em que não pode plantar e nem manter vivas plantas de soja em qualquer fase de desenvolvimento na área determinada.

Na safra de verão 2023-2024 da soja, o Mato Grosso do Sul registrou 35 casos da ferrugem- asiática, contra 57 casos no ano passado. O recordista nesta safra foi o Paraná, com 128 registros, seguido do Rio Grande do Sul, com 110.

Essa medida fitossanitária é uma das mais importantes para o controle da ferrugem-asiática da soja, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi. O objetivo é reduzir ao máximo possível o inóculo da doença, minimizando os impactos negativos durante a safra seguinte. Em Mato Grosso do Sul o vazio começa no dia 15 de junho e vai até 15 de setembro.

Já o calendário de semeadura é adotado como medida fitossanitária complementar ao período de vazio sanitário. Implementada no Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja a ação visa à racionalização do número de aplicações de fungicidas e a redução dos riscos de desenvolvimento de resistência da ferrugem asiática da soja às moléculas químicas utilizadas no seu controle. Segundo o Mapa, para Mato Grosso do Sul a semeadura de soja começa no dia 16 de setembro e vai até 31 de dezembro de 2024.

O diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold destaca a importância de cumprir a determinação e obedecer o calendário para Mato Grosso do Sul: “O calendário é definido baseado em resultados de extensivas pesquisas e experimentos realizados por instituições renomadas em nosso Estado. Planejado para otimizar nossas práticas agrícolas e minimizar o risco e o impacto da ferrugem asiática, uma das maiores ameaças à nossa produção de soja”, salientou.

Agora é o momento de nos prepararmos e planejarmos de acordo com o calendário estabelecido, para garantir não apenas a sanidade de nossas lavouras, mas também a sustentabilidade e a lucratividade da nossa produção agrícola.”

Para a definição das datas, o Mapa considerou as condições climáticas, bem como as sugestões encaminhadas pelos estados. “Para o estabelecimento dos períodos de vazio sanitário e do calendário de semeadura, utilizamos de dados técnicos, além de realizar reuniões com os órgãos estaduais defesa vegetal de forma individual e regional, analisando de forma conjunta, todas as propostas enviadas pelas unidades da federação”, explica a diretora do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas, Edilene Cambraia.

A ferrugem-asiática é considerada uma das doenças mais severas que incidem na cultura da soja, podendo ocorrer em qualquer estágio da planta. Nas diversas regiões geográficas onde a praga foi relatada em níveis epidêmicos, os danos variam de 10% a 90% da produção.

* Com informações da Semadesc e da Iagro-MS.

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