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Meio Ambiente

Com estudo apontando aumento de focos, governo prepara plano contra queimadas

Suspensão de queimas controladas no Pantanal está prestes a ser adiantada, segundo secretário

Adriel Mattos | 30/05/2022 19:18
Decreto que suspende queimas controladas deve sair nos próximos dias. (Foto: Arquivo/Subcom-MS)
Decreto que suspende queimas controladas deve sair nos próximos dias. (Foto: Arquivo/Subcom-MS)

Um estudo elaborado pelo Cemtec/MS (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul) mostrou probabilidade de aumento de focos de calor no Estado nos meses de maio, junho e julho. Isso forçou o governo do Estado a preparar um plano de combate a incêndios.

“Já conversei com o André [Borges, diretor-presidente do Imasul, o Instituto de Meio Ambiente de MS] e na próxima semana sai a suspensão das queimadas controladas. Importante também que os proprietários rurais do Pantanal, sobretudo, façam aceiros em conjunto com os vizinhos para impedir que eventual incêndio se alastre e saia do controle”, declarou Jaime Verruck, titular da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).

A Semagro, o Corpo de Bombeiros Militar e a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil já estão se mobilizando para evitar cenas de dois anos atrás. Além da suspensão das queimas controladas, está o plano de contingenciamento da Defesa Civil, prevendo os recursos financeiros e humanos necessários para fazer o enfrentamento da situação.

Monitor de secas – A combinação de condições climáticas desfavoráveis (pouca chuva, alta temperatura e baixa umidade do ar) tornam a situação nesse ano propícia para o aumento de focos de incêndios, o que exige adoção de medidas preventivas.

No mês de abril, o Monitor de Secas mostrou que a maioria dos municípios sul-mato-grossenses se enquadrava nas condições de seca extrema (17) e grave (28). Os demais (34) estão em condição de seca moderada. As regiões mais críticas continuam sendo Leste e Nordeste e no Pantanal. Em março, 17 municípios apresentaram condições de seca extrema, 47 de seca grave e 15 de seca moderada.

Outro indicador que aponta para o agravamento da situação é a quantidade de focos de calor verificados entre 1º de janeiro a 26 de maio deste ano (241), contra 193 registrados no mesmo período do ano passado, isso apenas na região do Pantanal sul-mato-grossense.

O foco de calor não é, necessariamente, a presença de um incêndio, explica o coronel Waldemir Moreira Júnior, assessor bombeiro militar da Semagro. O satélite identifica uma superfície aquecida que pode ser fogo ou pode ser qualquer outro ponto com emissão de calor. Os técnicos do Centro de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros cruzam essas informações com imagens de satélite para descartar o que não é fogo, o que é queimada controlada e o que é, de fato, incêndio.

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