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Meio Ambiente

Diretora põe empresa para eliminar pombos em escola e causa polêmica

Viviane Oliveira | 21/09/2015 13:54
Dois policiais esteve nesta manhã na escola apreendo documentação referente ao contrato com a empresa de dedetização. (Foto: Pedro Peralta)
Dois policiais esteve nesta manhã na escola apreendo documentação referente ao contrato com a empresa de dedetização. (Foto: Pedro Peralta)

A diretora da Escola Municipal José Mauro Messias da Silva “Poeta das Moreninhas”, na saída para São Paulo, em Campo Grande, causou polêmica ao contratar na sexta-feira (18) empresa de dedetização para combater os pombos e o caso foi parar na polícia.

Revoltada com a situação, a professora de ciências Sônia da Conceição conta que está na escola desde o ano passado e já tinha desenvolvido um projeto com garrafas pet para combater a população de cerca de 95 pombos que vive na quadra esportiva do colégio, localizado na Rua Ivo Osman Miranda, no Bairro Moreninha IV.

Porém, segundo ela, na última semana, após uma reunião com o Conselho Escolar, a diretora Dinalva Domingos de Moraes resolveu contratar a empresa para eliminar os bichos. Sônia conta que não participou da reunião, porque estava em curso e só ficou sabendo do caso neste domingo (20), quando a diretora postou no grupo dos professores via WhatsApp a seguinte mensagem: “Atenção professores de Educação física, esta semana a quadra está interditada, motivo: dedetização dos pombos. Disseram que é milagroso e estamos pagando para ver”.

A professora relata que ficou indignada com a situação e tentou conversar com a diretora sobre a legalidade da situação, mas foi ignorada. Ela, então, foi até a escola, onde flagrou pelo menos três bichos mortos. “Sou professora efetiva, lotada no laboratório de ciências e como a diretora mesma diz, sou responsável pelas questões ambientais da escola”, destaca Sônia, que acionou a PMA (Polícia Militar Ambiental).

Pombos foram encontrados mortos na quadra de esporte e no pátio. (Foto: Direto das Ruas)
Pombos foram encontrados mortos na quadra de esporte e no pátio. (Foto: Direto das Ruas)
Segundo a professora Sônia, os pombos foram envenenados. (Foto: Direto das Ruas)
Segundo a professora Sônia, os pombos foram envenenados. (Foto: Direto das Ruas)

De acordo com ela, a diretora cometeu crime ambiental. “Tenho pleno conhecimento que os pombos são considerados problema de saúde pública e que a permanência deles no local é um perigo para as crianças, por isso criei o projeto para manejo de acordo com a legislação vigente, mas infelizmente não consegui colocar em prática”, lamenta. Sônia contou que já tinha mais de 3 mil garrafas pet e logo colocaria o projeto em prática.

O Campo Grande News tentou falar com a diretora na escola, mas ela disse que não foi autorizada pela Semed (Secretaria Municipal de Educação) para dar entrevista. A reportagem entrou em contato com órgão por e-mail e aguarda retorno.

Conforme o major da PMA, Edmilson Queiroz, hoje dois policiais esteve no local fazendo o levantamento e o caso será encaminhado para Decat (Delegacia Especializada em Crimes Ambientais e Proteção ao Turista) e ao Ministério Público Estadual. “A gente precisa saber se a diretora contratou a empresa para controle ou eliminação dos pombos, só depois da perícia é que vamos responsabilizar alguém”, explica.

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