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Meio Ambiente

Encoberta por fumaça, Campo Grande completa 15 dias sem chuva

Previsão não indica chuva até sexta-feira (13), mas há tendência de mudança de tempo no fim de semana

Por Cassia Modena | 09/09/2024 10:39
Que saudades dela: a chuva veio pela última vez em 25 de agosto, em Campo Grande (Foto: Juliano Almeida)
Que saudades dela: a chuva veio pela última vez em 25 de agosto, em Campo Grande (Foto: Juliano Almeida)

É desconfortável até puxar o ar e respirar quando a umidade relativa do ar está baixíssima e não chove há 15 dias, como em Campo Grande. Os últimos pingos d'água (6 milímetros) caíram em 25 de agosto, na Capital.

Ontem (8), o índice que mede a quantidade de água suspensa em forma de vapor, chegou a 11% em Campo Grande, segundo o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul). A previsão não é das melhores para os próximos dias: o valor pode chegar a 5% no Estado, também de acordo com o centro de meteorologia.

Nem a Capital, nem os municípios do interior contam com probabilidade de chuva até sexta-feira (13). A esperança é só uma tendência meteorológica de mudança de tempo no fim de semana, com o avanço de uma frente fria e intenso transporte de calor e umidade junto à atuação de um sistema de baixa pressão atmosférica no Paraguai.

"Esses sistemas meteorológicos deverão favorecer aumento de nebulosidade, probabilidade para chuvas e queda nas temperaturas, com destaque para as regiões sul, sudeste, central, sudoeste e oeste do Estado", detalha o boletim do Cemtec.

Fumaça - Desde a semana passada, o céu de Campo Grande está encoberto por fumaça emitida por incêndios ocorridos na Amazônia, na Bolívia e no Paraguai, além do Pantanal, em menor parte.

Céu acinzentado no início da manhã desta segunda-feira, 9 (Foto: Henrique Kawaminami)
Céu acinzentado no início da manhã desta segunda-feira, 9 (Foto: Henrique Kawaminami)

A qualidade do ar foi classificada como insalubre na sexta-feira (6), com recomendação de uso de máscara, na plataforma IQAir, empresa suíça que monitora o índice no mundo em tempo real. A classificação de insalubridade deve perdurar até esta quinta-feira (12).

Incêndios - As condições climáticas contribuem para incêndios se espalharem descontroladamente. Intencionais ou acidentais, causá-los é crime ambiental.

A Lei de Crimes Ambientais (n.º 9.605, de 12 de fevereiro de 1998) impõe aos infratores sanções penais de dois a quatro anos de reclusão e multa.

Já o Código de Polícia Administrativa do Município (Lei nº 2.909, Art. 18-A, §1º) diz que "é vedada a utilização de queimadas para fins de limpeza de terrenos" e fixa as multas para quem desrespeita entre R$ 2.944,50 e R$ 11.778,00, dependendo da área afetada.

Onde denunciar? 

Ao ver alguém ateando fogo em áreas verdes ou em edificações, denuncie. A denúncia precisa ser feita a determinados órgãos se houver flagrante e a outros, se não houver.

Sem flagrante

Denuncie à Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana): ligue para as centrais 156 ou 153 entre segunda-feira e sexta-feira, das 7h30 às 21h, e aos sábados, das 8h às 12h. Utilize também o canal digital fala.campogrande.ms.gov.br ou o aplicativo Fala Campo Grande.

Denuncie à Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista): vá até o local, na Rua Sete de Setembro, 2421, Jardim dos Estados ou ligue para (67) 3325-2567 (plantão 24 horas)

Em flagrante 

Denuncie à Guarda Civil Metropolitana: contate a central telefônica no 153 (plantão 24 horas).

Denuncie ao Batalhão da PMA (Polícia Militar Ambiental): apenas sobre fogo em terreno sem autorização, ligue para (67) 3357-1501 ou 190.

Matéria editada às 12h04 para corrigir a data da última chuva registrada.

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