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Meio Ambiente

Focos de incêndio no ano representam metade da década

Levantamento analisa dados do dia 1° de janeiro até 6 de julho dos anos de 2021, 2022 e 2023

Gabriel de Matos e Mylena Fraiha | 06/07/2023 15:27
Incêndio registrado em terreno baldio no bairro Morada Verde, em Campo Grande (Foto: Juliano Almeida)
Incêndio registrado em terreno baldio no bairro Morada Verde, em Campo Grande (Foto: Juliano Almeida)

Campo Grande registrou 40 focos de incêndio em 2023 com base na plataforma BDQueimadas, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Esse foi o maior número da década de 2020, levando em conta dados de 2021, 2022 e 2023. No período observado, foram 72 focos de incêndio na Capital. Ou seja, só este ano representa 55%.

Se somarmos o número do ano passado no mesmo período, foram apenas 14. Já em 2021, foram 18. O tempo de estiagem e a baixa umidade do ar aumentam os riscos de queimadas e focos de incêndio.

A última chuva registrada em Campo Grande, segundo dados do Inmet (Instito Nacional de Meteorologia), foi em 16 de junho com volume de apenas 0,2 mm (milímetros). A estação do Instituto não registrou mais chuva nos 20 dias seguintes.

Além disso, a média de umidade relativa do ar ficou em cerca de 55%. Esse número é abaixo do considerado recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) aos seres humanos.

O chefe da comunicação do CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul), tenente-coronel Antonio Cezar Pereira da Silva, afirmou que é preciso muito cuidado nesse período de inverno. Ele destacou que terrenos baldios são pontos de risco.

Nós recomendamos que os proprietários de terrenos não façam a limpeza de terrenos com queimadas. Façam a limpeza da maneira correta, com a capinação. E todo o material recolhido tem que ser ensacado, colocado na frente do terreno, para que a empresa de coleta faça o recolhimento desse material”, orientou Antonio Cezar.

Ele complementou que a fumaça prejudica a respiração, principalmente dos grupos de risco como crianças e idosos. “Jamais coloque fogo. A fumaça e a fuligem prejudicam a respiração, produto da queima, prejudicando cada vez mais esse grupo”.

Bombeiro controlando incêndio em frente ao Hospital Proncor (Foto: Antonio Bispo)
Bombeiro controlando incêndio em frente ao Hospital Proncor (Foto: Antonio Bispo)

Fiscalização - A Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) da Prefeitura de Campo Grande destacou que tem atuado de forma "ostensiva" em relação às fiscalizações de terrenos baldios. Em nota, a secretaria orientou que a população pode denunciar locais de risco para incêndio via Central de Atendimento 156 ou no site fala.campogrande.ms.gov.br. Ambos ficam disponíveis 24 horas por dia.

Conforme prevê o Código de Polícia Administrativa do Município de Campo Grande, os proprietários dos imóveis são os responsáveis pela limpeza. Caso a fiscalização encontre em condições que prejudiquem a população, o dono é multado. O valor varia entre R$ 2.944,50 e R$ 11.778,00.

A Semadur informou que o mês de junho de 2023 foram emitidas 419 notificações para limpeza de terreno. Além disso, a pasta ressaltou que não tem competência legal para realizar a limpeza.

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