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Meio Ambiente

Grupo com 100 militares se divide para guerra contra o fogo no Pantanal

As ações tiveram início no dia 2 de abril, com a fase de prevenção

Por Izabela Cavalcanti | 17/06/2024 12:19
Incêndio florestal na Nhecolândia, em Corumbá (Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul)
Incêndio florestal na Nhecolândia, em Corumbá (Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul)

O combate aos incêndios florestais no Pantanal, em Mato Grosso do Sul, ocorre em diferentes áreas há 77 dias. A Operação Pantanal 2024 conta com a ajuda de 100 bombeiros e militares, inclusive com o apoio do Exército e da Marinha.

As ações tiveram início no dia 2 de abril, com a fase de prevenção. No dia 15 de maio começou a instalação das bases feitas pelas equipes do Corpo de Bombeiros.

O cenário é de guerra. As equipes se posicionam em locais estratégicos para poder apagar o fogo e não correrem risco de vida.

A atuação também ganhou reforço da aeronave air tractor, que lança água em locais de difícil acesso e reconhece as chamas. Pelos rios, os bombeiros atuam para resgatar ribeirinhos e também para chegar aos locais onde as chamas ameaçam residências.

No fim de semana, os bombeiros foram posicionados na área de adestramento do Rabicho e realizaram o combate pela retaguarda, na região da Nhecolândia, com auxílio de fuzileiros navais para combate e no suporte logístico daquela operação.

Uso da aeronave air tractor para lançar água em vegetação incendiada (Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul)
Uso da aeronave air tractor para lançar água em vegetação incendiada (Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul)

No sábado (15), uma família ficou cercada por fogo às margens do Rio Paraguai, na tarde de sexta-feira (14). A mulher e três crianças, que moram no sítio Piuval, foram salvas pelo Corpo de Bombeiros de Corumbá.

Em outro caso, nas proximidades de Corumbá, uma equipe foi acionada pelo SCI (Sistema de Comando de Incidentes), em Campo Grande, para efetuar o monitoramento e combate do foco do incêndio florestal. O deslocamento foi com o uso de embarcação, para preservar pastagens e evitar a evolução do fogo para outras áreas.

Os militares descrevem que a vegetação densa, alta e muito seca favoreceu a propagação acelerada do fogo, tornando ineficazes os esforços das equipes, tanto por terra como pelo ar.

Já na Barra do Rio São Lourenço, a guarnição da base avançada na região permanece em monitoramento de um incêndio florestal no estado de Mato Grosso. Por meio de imagens de drone, foi constatado que as chamas não avançaram para Mato Grosso do Sul.

Na região do Forte Coimbra, uma guarnição em conjunto com os militares do exército extinguiu o incêndio florestal. Outra equipe segue no monitoramento do foco de incêndio presente na Bolívia, às margens do Rio Paraguai, onde foi constatado uma linha de fogo de aproximadamente 600 metros.

Na Nhecolândia, os proprietários das fazendas na região do Taquari colocaram maquinários e funcionários à disposição, permitindo o controle do fogo que veio do Paraguai-Mirim. Em outro ponto, na região do Formigueiro, à margem direita do Rio Paraguai, também é feito combate.

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