Hospitais particulares decidem sobre coleta de lixo a 1 dia do fim de prazo
Somente na véspera do fim do prazo dado pela Justiça, os hospitais particulares vão se manifestar sobre a coleta do lixo. A partir de 29 de maio, a coleta de sete toneladas de resíduos hospitalares deixa se der responsabilidade da Prefeitura de Campo Grande.
“Vamos nos pronunciar na segunda-feira”, afirma Rosely Coelho Scandola, do Sindhesul (Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviço de Saúde de Mato Grosso do Sul). Em 21 de novembro do ano passado, a coleta chegou a ser suspensa. O sindicato recorreu ao Poder Judiciário, que concedeu liminar e mandou que a Prefeitura, por meio da CG Solurb, retomasse a coleta pelo período de seis meses.
Segundo o titular da Seintrha (Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Habitação), Semy Ferraz, a coleta nas unidade particulares é garantida até a próxima terça-feira. “A coleta será feita nos postos de saúde, laboratórios, hospitais federais e do Estado”, afirma. Desta forma, estão inclusos unidades como a Santa Casa, o HU (Hospital Universitário) e o HR (Hospital Regional Rosa Pedrossian).
No ano passado, o MPE (Ministério Público Estadual) impetrou ação judicial alegando que a Prefeitura “não poderia mais receber, coletar e tratar o lixo hospitalar das empresas particulares”. Conforme resolução do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), a responsabilidade de coleta, transporte, tratamento e destinação final do lixo é responsabilidade de quem gerou.
Em novembro, das 10 toneladas de lixo hospitalar produzidas diariamente, três eram da Prefeitura. À época, o custo estimado era de R$ 4 por quilo. Depois de coletado, o lixo é levado para incineração em quatro empresas licenciadas que ficam no Núcleo Industrial.
Os empresários alegam que já separam, embalam, etiquetam o lixo, além de terem construído locais específicos para o correto armazenamento do material enquanto não é coletado. Na opinião dos administradores hospitalares, a coleta de lixo é de competência do município, Estado e União, ou seja, é uma questão de saneamento básico.