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Meio Ambiente

Incêndios no Pantanal triplicam em uma semana

Somente ontem, foram registrados incêndios em dois locais no bioma pantaneiro, em Corumbá e Aquidauana

Guilherme Correia | 04/07/2022 08:46
Incêndio ocorreu ontem a cerca de 30 quilômetros de Corumbá, no Pantanal de Mato Grosso do Sul. (Foto: Corpo de Bombeiros Militar)
Incêndio ocorreu ontem a cerca de 30 quilômetros de Corumbá, no Pantanal de Mato Grosso do Sul. (Foto: Corpo de Bombeiros Militar)

Na última semana, o Pantanal de Mato Grosso do Sul apresentou um aumento de aproximadamente 358% no número de focos de incêndio mapeados pelo satélite de referência do Inpe (Instituto Nacional de Pequisas Espaciais), conforme dados consultados nesta manhã (4) pelo Campo Grande News.

Focos de incêndio combatidos ontem (3) pelos bombeiros, em região distante cerca de 30 quilômetros de Corumbá. (Foto: Inpe)
Focos de incêndio combatidos ontem (3) pelos bombeiros, em região distante cerca de 30 quilômetros de Corumbá. (Foto: Inpe)

Ontem, bombeiros militares foram até área distante cerca de 30 quilômetros do perímetro urbano de Corumbá, em uma embarcação, após ter sido solicitado apoio de moradores da região. O local isolado só podia ser acessado por barcos pequenos, por meio do Rio Paraguai.

Nos últimos sete dias, foram 60 registros de fogo no bioma pantaneiro, enquanto a semana anterior teve 14. Até o momento, segundo levantamento feito pela reportagem, o pico de ocorrências se deu em meados do mês de maio.

Vale ressaltar que a estação úmida do Pantanal, que conecta lagoas e forma ampla área alagada, costuma ocorrer entre os meses de outubro e março, enquanto a seca se estende de abril a setembro.

Também no domingo, outro incêndio aconteceu no município de Aquidauana, no Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro, próximo ao Corixo do Cerrado.

Neste ano, os bombeiros têm feito triagem dos focos de incêndio, monitorados via satélite, para apurar se o fogo é autorizado. Conforme o órgão, caso seja ação ilegal, equipes são mobilizadas e enviados relatórios às autoridades competentes.

Em 2021, os Ministérios Públicos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul apontaram que a maior parte (60%) das queimadas no bioma, que resultaram em "impactos incalculáveis à biodiversidade, à saúde humana e à economia", têm como principal hipótese uma ligação com atividades agropastoris.

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