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Meio Ambiente

Investimentos de R$ 1 bi no Taquari começam em junho, prevê Ibama

Representante do Instituto reúne-se com governo, setor produtivo e com o ministro da secretaria de governo Carlos Marun (MDB)

Izabela Sanchez e Leonardo Rocha | 07/12/2018 10:50
Chefe da divisão do programa de recuperação de multas do Ibama, Ana Beatriz de Oliveira (Foto: Leonardo Rocha)
Chefe da divisão do programa de recuperação de multas do Ibama, Ana Beatriz de Oliveira (Foto: Leonardo Rocha)

Os investimentos do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) para a recuperação do Rio Taquari, na região pantaneira de Mato Grosso do Sul devem começar em junho. É o que prevê a chefe da divisão do programa de recuperação de multas do Ibama, Ana Beatriz de Oliveira.

A representante do Instituto reúne-se, na manhã desta sexta-feira (7), com o governo, setor produtivo e instituições de proteção ambiental, além do ministro da secretaria de governo Carlos Marun (MDB), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. O encontro discute projetos e ações para o Rio Taquari, que sofre com processo de assoreamento há cerca de 40 anos.

Investimentos - O Ibama estuda investir parte dos recursos de multas ambientais de empresas para recuperar o Rio. Além da recuperação da bacia do Rio, os recursos devem ser aplicados para ações preventivas. As empresas, em todo o Brasil, devem mais de R$ 35 bilhões para o Instituto, que abriu um chamamento público para investir recursos. O chamamento oferece até 60% de desconto nas multas e, até agora, o Ibama já conseguiu R$ 2,6 bilhões de 800 empresas

Conforme a chefe da divisão, o programa para receber os valores de multas começou em 2017 e a bacia do Rio Taquari foi o terceiro projeto escolhido. Conforme explicou, o edital deve sair no começo de 2019 e vai selecionar projetos voltados à recuperação do Rio. Os investimentos, afirma, podem alcançar até mais de R$ 1 bilhão e dependem da “gravidade” da situação ambiental da bacia do Rio.

Ministro da secretaria de governo Carlos Marun (MDB) durante reunião na Assembleia Legislativa (Foto: Leonardo Rocha)
Ministro da secretaria de governo Carlos Marun (MDB) durante reunião na Assembleia Legislativa (Foto: Leonardo Rocha)

Entre as ações, Ana Beatriz explica que o Rio deve receber retenção de processos erosivos, conservação de solo, técnicas de manejo de solo e outros procedimentos que ainda não foram definidos. O cronograma, afirma, depende do futuro governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

O ministro Carlos Marun afirma, ainda assim, que pretende “acelerar o processo”. “Eu vou no Ibama na segunda-feira tentar acelerar o processo para que esse edital ainda saia este ano, em dezembro. Entendo que o Rio não vai perder o investimento porque já foi selecionado. Espero que as obras comecem até o final do ano”, afirma.

“As ações tiveram um grande salto nos últimos tempos e a diferença é que, agora, há dinheiro no caixa. Vou fazer uma força-tarefa para que comecem ainda este ano. Estou confiante de que vamos mudar a situação do rio Taquari, porque há recurso e um projeto específico para tratamento do rio”, comentou.

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