Já prevendo aumento de incêndios, Pantanal prepara-se para os meses mais secos
Para se ter uma ideia, em 2015, o aumento de focos entre julho e agosto foi de 225%
Mato Grosso do Sul entra no período de seca severa quando o número de focos de incêndio aumenta significativamente, principalmente no Pantanal. Depois de 2020, quando a região teve cerca de 26% de seu território tomado pelo fogo, os alertas se acenderam e ações como a aquisição de uma aeronave própria para lá facilita e antecipa o combate às queimadas.
Para se ter uma ideia, em 2015, o aumento de focos entre julho e agosto foi de 225%. Nos dois anos seguintes, crescimento foi de cerca de 79% no mesmo período. Apenas em 2018, a passagem de um mês para o outro teve aumento singelo (44,7%), mas voltou a passar dos 200% entre 2019 e 2020. Em 2021, a taxa de aumento foi de 196%. (Confira números emn quadro nesta página)
Conforme o 3º Grupamento de Bombeiros Militar em Corumbá, a 419 Km de Campo Grande,a corporação como um todo, mas especialmente lá, está mais preparada para incêndios de grandes proporções. “Possuímos mais equipamentos, militares mais preparados (os soldados já se formam com mais experiência na área de combate a incêndio florestal), possuímos uma aeronave específica para esta área”, cita nota encaminhada ao Campo Grande News.
A aeronave tem capacidade para derramar 3 mil litros de água de uma só vez sobre a área afetada e mais uma deve ser adquirida em breve. “Há foco na prevenção também. Formamos inúmeras brigadas Pantanal a dentro, sem falar que algumas multas foram aplicadas e isso de forma indireta inibe o fogo criminoso”, sustenta o comunicado.
Atualmente, são 40 militares atuando na região, sendo duas guarnições na região do Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro e quatro em Porto Murtinho.
“Estamos no controle dos focos de incêndios que estão ativos nessas duas regiões e foi feito uso da aeronave até semana passada. Para essa semana permanecem os trabalhos de combate e prevenção dos locais monitorados”, diz a nota.
Por fim, os militares afirmam que “todo efetivo fica de prontidão conforme a situação vai se agravando, se necessário, aumentaremos ou diminuiremos o efetivo empregado”.