Moradores se unem para criar área de preservação no Portal da Lagoa
Área já havia recebido mudas nativas do cerrado anteriormente, mas as plantas foram arrancadas
Após mudas serem arrancadas por vândalo, moradores se reuniram, na manhã deste domingo (5), para reflorestar terreno que querem tornar área de preservação. A ação durou cerca de uma hora e deve ganhar continuidade durante a semana em lote da Rua Eduardo Carrilha, no Bairro Portal da Lagoa.
Ao todo, o grupo possui 100 espécies do Cerrado, todas doadas por uma moradora da região que é proprietária de um pequeno viveiro. Nesta manhã, 20 mudas foram replantadas.
O presidente da associação dos moradores, Pablo Oliveira, de 52 anos, levou o filho de 2 anos para participar da ação. O homem conta que o terreno pertence à Prefeitura de Campo Grande e que os moradores esperam regulamentação para transformar o local em uma praça pública.
“Isso aqui está abandonado há muito tempo, então resolvemos fazer o plantio para criar uma área de lazer para a população. É muito importante reflorestar isso aqui. Todos aqueles que querem o bem da comunidade estão aqui”, disse.
Morando há 8 anos na região, Victoria Magalhães, de 25 anos, relata que próximo do terreno havia uma lagoa que acabou sendo assoreada, restando agora apenas uma nascente. “A Ideia é criar um bosque planejado, um lugar para as famílias passarem um tempo. Essa área já havia sido plantada, nós tínhamos várias espécies principalmente do Cerrado, nativas da região, mas acabamos passando por um ato de vandalismo aqui na área, então precisamos replantar”.
Durante a ação, uma equipe da PM (Polícia Militar) esteve presente no local, assim como o coletivo “Marcha Mundial das Mulheres”. A representante do grupo, Marlene Ricardi, de 59 anos, relatou para a reportagem que a ideia inicial era que hoje fossem plantadas 50 mudas. Ela ainda ressaltou a importância da ação.
“Nós estamos em um momento de mudança muito grave em nosso planeta, mudanças climáticas, chuvas e secas, então a ideia é criar um lugar para as mulheres poderem se encontrar, com sombra, para que as pessoas possam ter um espaço coletivo e também para o meio ambiente, para deixar o clima mais agradável. Para que essas árvores no futuro tragam mais frescor e mais alegria”, disse Marlene.
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