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Meio Ambiente

Obra em erosão transforma visual de nascente que terá 2 mil árvores até dezembro

Recuperação da nascente do córrego Joaquim Português evitará assoreamentos nos lagos do Parque das Nações

Caroline Maldonado | 16/08/2021 15:04
Área da nascente do córrego Joaquim Português, que está em obra de recuperação prevista para terminar neste mês. (Foto: Direto das Ruas)
Área da nascente do córrego Joaquim Português, que está em obra de recuperação prevista para terminar neste mês. (Foto: Direto das Ruas)

Quem passa pela Avenida do Poeta, próximo à rotatória com a Rua Dr. Abdalla Duailibi, no Parque dos Poderes, percebe a mudança no visual da área verde, que tinha uma erosão enorme no início do ano, quando começou a obra de recuperação. Depois de recuperado, o local ainda vai receber 2,5 mil mudas de árvores, até dezembro deste ano.

Ali fica a nascente do córrego Joaquim Português. De lá, desceu solo decomposto e material orgânico para os lagos do Parque das Nações Indígenas, causando o assoreamento em 2019, quando peixes chegaram a morrer.

O Governo do Estado e a Prefeitura da Capital investiram R$ 1,5 milhão no desassoreamento, que retirou 140 mil metros cúbicos de sedimentos do lago maior. O trabalho durou quase dois anos.

Na época, o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) informou que a nascente ficou naquele estado em função do lançamento de águas pelo sistema de drenagem da cidade.

Erosão na área da nascente do córrego Joaquim Português, no Parque dos Poderes, antes do início da obra de recuperação. (Foto: Divulgação/Semagro)
Erosão na área da nascente do córrego Joaquim Português, no Parque dos Poderes, antes do início da obra de recuperação. (Foto: Divulgação/Semagro)

O material dos lagos do Parque das Nações foram retirados e o volume de água já é maior, mas somente essa obra de recuperação do córrego Joaquim Português vai garantir que não ocorram mais assoreamentos.

Depois de um longo período de estudos e quase oito meses de trabalho, a conclusão da obra está prevista para dezembro, com o plantio de mudas de árvores para recompor a vegetação da área erodida na nascente, de acordo com a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos).

O anúncio do início dos trabalhos foi em janeiro e, a princípio, o prazo era de oito meses, conforme divulgado pela Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).

Obra também terá reflexo no lago do Parque das Nações Indígenas. (Foto: Henrique Kawaminami)
Obra também terá reflexo no lago do Parque das Nações Indígenas. (Foto: Henrique Kawaminami)

No entanto, a Agesul informou que, neste momento, a obra está com 44% executados e deve terminar até o fim do ano. São colocadas tubulações de drenagem; é feita escavação da bacia de detenção e conformação dos taludes da bacia e revestimento e contenção dos taludes com gabião.

A recuperação do córrego é realizada com recursos oriundos de compensação ambiental, que são valores pagos por grandes empreendimentos para contrabalançar os impactos ambientais ao obter o licenciamento.

No total, serão R$ 4,7 milhões para pavimentação asfáltica, drenagem de águas pluviais, recuperação do pavimento, além do controle da erosão. Dentro do Parque Estadual do Prosa, o Joaquim Português se encontra com outro córrego e, juntos, formam o Córrego Prosa, importante curso d’água que percorre Campo Grande.

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