Obra em erosão transforma visual de nascente que terá 2 mil árvores até dezembro
Recuperação da nascente do córrego Joaquim Português evitará assoreamentos nos lagos do Parque das Nações
Quem passa pela Avenida do Poeta, próximo à rotatória com a Rua Dr. Abdalla Duailibi, no Parque dos Poderes, percebe a mudança no visual da área verde, que tinha uma erosão enorme no início do ano, quando começou a obra de recuperação. Depois de recuperado, o local ainda vai receber 2,5 mil mudas de árvores, até dezembro deste ano.
Ali fica a nascente do córrego Joaquim Português. De lá, desceu solo decomposto e material orgânico para os lagos do Parque das Nações Indígenas, causando o assoreamento em 2019, quando peixes chegaram a morrer.
O Governo do Estado e a Prefeitura da Capital investiram R$ 1,5 milhão no desassoreamento, que retirou 140 mil metros cúbicos de sedimentos do lago maior. O trabalho durou quase dois anos.
Na época, o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) informou que a nascente ficou naquele estado em função do lançamento de águas pelo sistema de drenagem da cidade.
O material dos lagos do Parque das Nações foram retirados e o volume de água já é maior, mas somente essa obra de recuperação do córrego Joaquim Português vai garantir que não ocorram mais assoreamentos.
Depois de um longo período de estudos e quase oito meses de trabalho, a conclusão da obra está prevista para dezembro, com o plantio de mudas de árvores para recompor a vegetação da área erodida na nascente, de acordo com a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos).
O anúncio do início dos trabalhos foi em janeiro e, a princípio, o prazo era de oito meses, conforme divulgado pela Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).
No entanto, a Agesul informou que, neste momento, a obra está com 44% executados e deve terminar até o fim do ano. São colocadas tubulações de drenagem; é feita escavação da bacia de detenção e conformação dos taludes da bacia e revestimento e contenção dos taludes com gabião.
A recuperação do córrego é realizada com recursos oriundos de compensação ambiental, que são valores pagos por grandes empreendimentos para contrabalançar os impactos ambientais ao obter o licenciamento.
No total, serão R$ 4,7 milhões para pavimentação asfáltica, drenagem de águas pluviais, recuperação do pavimento, além do controle da erosão. Dentro do Parque Estadual do Prosa, o Joaquim Português se encontra com outro córrego e, juntos, formam o Córrego Prosa, importante curso d’água que percorre Campo Grande.