ONG denuncia construção de represa que pode diminuir em 80% fluxo de cachoeira
Cachoeira Água Branca é a segunda maior de MS em queda livre, localizada entre Pedro Gomes e Sonora
A segunda maior cachoeira de queda livre de Mato Grosso do Sul, a Água Branca, localizada entre os municípios de Pedro Gomes e Sonora, pode ter seu fluxo diminuído em 80%, apontou a ONG (Organização não governamental) Ecoa.
Isso porque uma PCH (Pequena Central Hidrelétrica) será construída a poucos metros da da queda d’água. O projeto prevê a criação da represa para gerar energia de 2,9 MW, e foi autorizada em 2021, com validade pelos próximos quatro anos.
A represa foi nomeada de Cipó e foi planejada pela empresa Hacker Industrial Ltda, de Santa Catarina.
A Ecoa foi até o local e ouviu moradores da região, que apontaram que a construção do empreendimento acabará com todo potencial turístico da região, atrativa tanto para quem procura contemplação, quanto observação de aves, trilheiros, ciclistas, além de apreciadores de esportes de aventura, como rapel e escalada.
Nelson Mira, proprietário das terras que ficam no entorno da cachoeira, disse que os moradores se assustaram quando souberam da construção da PCH, e são contrários.
“É lamentável um negócio desses que estão querendo fazer para beneficiar duas, três pessoas, em detrimento a um futuro turístico para o país, para nação, para o estado. E não vai beneficiar a matriz energética do país em lugar nenhum”, ressaltou.
Impactos - As represas são parte de unidades geradoras de energia, que utilizam a água de rios para produção de energia elétrica.
Entre os principais impactos ambientais dessas represas, é possível destacar a diminuição da quantidade de peixes nos rios, influenciando a pesca local, afetando na geração de emprego e renda.
Além de impactos ambientais severos como alterações na quantidade de sedimento e de nutriente nas águas, alterações no regime hídrico dos rios, etc.