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Meio Ambiente

Para campo-grandenses, nada é suficiente para aliviar secura do ar

Em condições do ar consideradas insalubres, nenhuma alternativa popular está colaborando

Por Kamila Alcântara e Gabi Cenciarelli | 06/09/2024 18:19
Homem caminha em pista do Parque Ayrton Senna, mas o ar está poluído de fumaça (Foto: Osmar Veiga)
Homem caminha em pista do Parque Ayrton Senna, mas o ar está poluído de fumaça (Foto: Osmar Veiga)

Com as condições climáticas e de poluição tornando o ar impróprio em Campo Grande, até mesmo insalubre para pessoas sensíveis, as populares estratégias de alívio não estão sendo suficientes para aliviar a sensação de sequidão das vias respiratórias. Umidificador, sucos de diferentes sabores, muita água e a toalha molhada: nada mais ajuda.

Segundo a plataforma IQAir, empresa suíça que monitora a qualidade do ar no mundo em tempo real, a classificação de insalubridade na Capital havia sido registrada na ontem (5) e irá perdurar, pelo menos, até 12 de setembro.

E não só nessa ferramenta que mostra isso: a Ventusky, muito usada pelo CBMMS (Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul), também coloca o ar por aqui como "insalubre para pessoas sensíveis", grau laranja.

Francisco tem ar-condicionado, umidificador e usa toalhas molhadas (Foto: Osmar Veiga)
Francisco tem ar-condicionado, umidificador e usa toalhas molhadas (Foto: Osmar Veiga)

Todos os dias na rua, comercializando caldo de cana  no Bairro Aero Rancho, Francisco Filho de Souza, diz que tem de tudo em casa, mas nada está sendo suficiente. “Incomoda viver em um tempo tão seco e com tanta fumaça a ponto de não conseguir melhorar. Tenho um umidificador, tenho ar [condicionado], tenho tudo pra dormir e mesmo assim, se descuidar, a garganta seca de novo”, conta.

Mesmo com a atual situação do clima, Erotildes Chaves, de 66 anos, aproveitou o entardecer para tentar respirar melhor em um passeio pelo Parque Ayrton Senna. “A gente só fica em casa, não dá coragem de sair na rua, mas quando tem algum ventinho ao ar livre, melhora um pouco. Para dormir, coloco o umidificador perto do ventilador, se não é impossível descansar”, relata.

Professora Nathália está grávida e levou as filhas para brincar ao ar livre, cada uma porta garrafa de água (Foto: Osmar Veiga)
Professora Nathália está grávida e levou as filhas para brincar ao ar livre, cada uma porta garrafa de água (Foto: Osmar Veiga)

Já a professora Nathália Ribeiro está grávida e levou as filhas para passear, mas a garrafinha de água é indispensável em qualquer saída. “Esse tempo está terrível, chego a ter falta de ar. Por isso elas estão com as garrafinhas de água e, em casa, fazemos muita lavagem nasal para conseguir driblar o desconforto”, compartilha.

A recomendação é que a população evite exercícios físicos, feche as janelas, use purificador do ar e máscaras em ambientes externos. Além de Campo Grande, Cuiabá, Rio Branco e Porto Velho também estavam na classificação insalubre.

Registro feito por satélite pela plataforma Ventusky, na tarde de sexta-feira (6) (Imagem: reprodução)
Registro feito por satélite pela plataforma Ventusky, na tarde de sexta-feira (6) (Imagem: reprodução)

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